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Sete prefeituras de Mato Grosso do Sul foram alvo de operações em 2025

28/10/2025 19:44 Campo Grande News - Política

Entre janeiro e outubro de 2025, ao menos sete prefeituras de Mato Grosso do Sul foram alvo de operações de combate à corrupção. As ações envolveram o Ministério Público Estadual, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), a Polícia Civil e, em alguns casos, a Polícia Federal.  As investigações apontaram fraudes em licitações, desvios de recursos e uso de empresas de fachada em contratos públicos que somam milhões de reais. Operação Malebolge - Água Clara e Rochedo A operação Malebolge, deflagrada pelo Gaeco e pelo Gecoc em fevereiro, teve fases realizadas nos municípios de Água Clara e Rochedo. As investigações focaram nas secretarias municipais de Administração e Educação, além dos setores de licitação e finanças. De acordo com o Ministério Público, servidores públicos teriam direcionado licitações para empresas ligadas a parentes e prestadores de serviço, com contratos superfaturados. Foram cumpridos mandados de prisão contra servidores, empresários e ex-assessores, além do afastamento de chefes dos departamentos de compras. Os contratos investigados envolvem o fornecimento de merenda escolar e serviços de manutenção predial. Operação Spotless - Terenos Em Terenos, a Operação Spotless foi deflagrada em 9 de setembro. As investigações, conduzidas pelo Gecoc, identificaram esquemas de fraude e recebimento de propina em contratos de prestação de serviços de limpeza, transporte e obras. Entre os alvos esteve o prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB), que chegou a ser preso. Na mesma operação, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão. O prefeito é suspeito de liderar uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura de Terenos e responde por organização criminosa, corrupção passiva, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na sede da prefeitura e em empresas localizadas em Terenos e em Campo Grande. Segundo o Ministério Público, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas e contratos com sobrepreço que ultrapassariam R$ 15 milhões. Operação Águas Turvas - Bonito Deflagrada em outubro, a Operação Águas Turvas investigou fraudes em licitações e desvios de verbas públicas na prefeitura de Bonito. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Bonito, Terenos (MS) e Curitiba (PR). A investigação identificou a atuação de um grupo criminoso que, desde 2021, fraudava licitações de obras e serviços de engenharia no município de Bonito.  Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), as licitações eram manipuladas por meio de simulações de concorrência e de exigências específicas criadas para direcionar os contratos às empresas ligadas ao grupo investigado. Agentes públicos, em parceria com empresários, teriam fornecido informações privilegiadas e organizado os procedimentos fraudulentos, recebendo, em troca, vantagens indevidas. O valor dos contratos sob suspeita soma R$ 4.397.966,86. Foram presos preventivamente o secretário municipal de Administração e Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, de 46 anos, e a coordenadora de licitações do município, Luciene Cintia Pazette. Operação Vaga Zero - Selvíria Em Selvíria, a Operação Vaga Zero, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, investigou desvios em contratos de transporte de pacientes do SUS. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Saúde, no setor de Transporte, no CEM (Centro de Especialidades Médicas) e na residência de servidores. Segundo a investigação, empresas contratadas não possuíam frota compatível com o serviço e teriam emitido notas frias. Os contratos analisados, firmados a partir de 2022 sem licitação, eram para transporte intermunicipal de pacientes em urgência e emergência, além de atendimento médico de sobreaviso Dois contratos chamam atenção: cada um no valor de R$ 1,45 milhão, com objetos semelhantes e cláusulas consideradas frágeis. Um deles teria sido firmado com uma empresa que sequer funcionava, sendo encontrada apenas uma construção em andamento no endereço informado como sede. O caso levou ao afastamento da secretária de Saúde e de assessores técnicos. Operação Copertura  - Miranda Deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), a Operação Copertura investiga fraudes em licitações na cidade de Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande. A apuração revelou que algumas empresas não possuíam funcionários nem sede para operar. No dia 1º de outubro, foram cumpridos 31 mandados de busca. A investigação apontou a atuação de uma organização criminosa que, desde 2020, fraudava sistematicamente licitações na cidade, com conluio de empresários que apresentavam propostas ou orçamentos de “cobertura” e a partic

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