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Obras de revitalização da antiga Estação da Leopoldina são retomadas

22/10/2025 06:01 O Globo - Rio/Política RJ

As obras de restauração da histórica estação da Leopoldina, na região central do Rio, foram retomadas há cerca de um mês. As intervenções tinham sido interrompidas em junho em meio a troca de acusações públicas entre a prefeitura do Rio e a Concrejato, responsável pela revitalização do prédio. A empresa alegava falta de pagamento enquanto o município alegava estar apurando desrespeitos às leis trabalhistas.
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Em setembro, o canteiro de obras foi reativado, mas ainda em ritmo lento. Os operários atuam principalmente realizando reparos e demolições. Procurada, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), responsável pela contratação, não informou se a paralisação afetou o cronograma de obras. A expectativa é reinaugurar o prédio em 2026 como parte das comemorações do centenário da estação. A reforma deve custar R$ 80 milhões.
Conhecida oficialmente como Estação Barão de Mauá em homenagem ao banqueiro que implantou as primeiras ferrovias no país, ela foi inaugurada em 1926. Foi desenhada pelo arquiteto escocês Robert Pentrice, o mesmo que projetou o Palácio da Cidade, em Botafogo, sede social da prefeitura do Rio. A estação recebia trens de uma linha auxiliar que vinha do bairro São Francisco Xavier e de um dos ramais da extinta estrada de ferro Rio do Ouro.
Nos anos 1990, parte dos trilhos dessas estações foram aproveitados para implantar estações da Linha 2 do metrô, entre as quais Pavuna, Engenho da Rainha, Del Castilho e Irajá.
"A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) informa que as obras do prédio da Estação Leopoldina estão em andamento e avançando como planejado”, diz nota da CCPar
Fábrica do Samba em 2027
O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta terça-feira que as escolas de samba da Série Ouro já estarão instaladas na Fábrica do Samba até o carnaval de 2027. Serão 14 barracões para as agremiações e uma área de lazer com possibilidade de receber eventos. O terreno fica ao lado da histórica estação da Leopoldina.
A criação de uma "Cidade do Samba" para as escolas do segundo grupo que desfila na Sapucaí é uma demanda histórica dos sambistas. A prefeitura detalha que o projeto é acompanhado pelo Corpo de Bombeiros, que precisam aprovar o sistema de combate a incêndio do local. Os barracões devem ser entregues gradualmente às escolas.
— Boa parte dessas escolas estão em condições precárias, em diferentes galpões degradados, muitos ameaçados de despejo. Sabemos que na Cidade do Samba, na origem, tivemos alguns problemas (com incêndios) que demandou obras posteriormente. Desde o início desse projeto cuidamos para ter todas as condições de segurança — disse Paes na visita.
O terreno onde está sendo construída a Fábrica do Samba fica em frente ao 4º BPM (São Cristóvão) e aos fundos da Estação da Leopoldina. A prefeitura conseguiu em 2024 a cessão do espaço, de propriedade do governo federal, para revitalizar o prédio histórico e construir empreendimentos habitacionais.
A prefeitura planejou erguer em um dos terrenos em anexo a Vila do Pan para receber os jogos Pan-Americanos de 2031. No entanto, neste mês a candidatura de Rio e Niterói perdeu para a de Assunção, capital do Paraguai. Ainda não há uma decisão sobre o que será feito no espaço.
— Esse terreno tem mil possibilidades. Vemos apresentado propostas, discutindo com a União e o Ministério do Planejamento, mas a ideia é que a gente possa ter aqui habitações e um centro de convenções, seguindo nosso plano inicial. Mas não é algo a ser feito do dia para noite. Essa é uma área de expansão da cidade — diz Paes.
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