Morre Jack Dejohnette, baterista que tocou com lendas do jazz, aos 83 anos
Acompanhar lendas do jazz como o trompetista Miles Davis, os pianistas Keith Jarrett e Chick Corea e o saxofonista Sonny Rollins já bastaria para Jack DeJohnette ser lembrado como um dos grandes bateristas do gênero. Mas o músico, que tocou ainda com os brasileiros Milton Nascimento no álbum “Angelus”, Gilberto Gil em “Afoxé”, disco do compositor baiano com o saxofonista Ernie Watts, a pianista Eliane Elias e os percussionistas Naná Vasconcellos e Airto Moreira, também teve uma carreira solo de sucesso.
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A partir de “The DeJohnette Complex”, de 1969, até “Hudson”, de 2017, foram cerca de 50 álbuns em que o baterista comandou ou dividiu a liderança de grupos com instrumentistas como a baixista Speranza Spalding (em “Sound Travels”, de 2011), o guitarrista Pat Metheny e o pianista Herbie Hancock (com quem formou um trio em “Parallel realities”, de 1990).
DeJohnette nasceu em Chicago em 1942 e tocava piano desde a infância. Ele continuou a praticar o piano mesmo depois de ter começado os estudos de bateria, já na adolescência.
A bateria como instrumento favorito e o jazz como gênero foram segundas escolhas de DeJohnette. Ele começou cantando em um grupo vocal e tocando rock’n’roll. Mas foi gradualmente atraído pela música instrumental e, a partir do fim dos anos 1950, criou seu próprio trio.
DeJohnette ganhou dois prêmios Grammy em sua carreira, que desenvolveu a partir de 1973 no selo independente alemão ECM. O primeiro foi de melhor álbum new age por “Peace Time”, em 2009, em que também tocou os sintetizadores. O segundo foi de melhor música instrumental, por “Skyline”, dividido com o pianista Gonzalo Rubalcaba e o baixista Ron Carter, em 2022.
Jack DeJohnette morreu na segunda, 27 de outubro, aos 83 anos, informou a ECM. Ele deixa sua segunda mulher, Lydia, e duas filhas, Farah e Minya.
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