Madagascar revoga a nacionalidade do presidente deposto Rajoelina
O novo governo de Madagascar retirou a nacionalidade malgaxe do presidente deposto Andry Rajoelina por meio de um decreto publicado na sexta-feira, informou a mídia local, dez dias após um golpe militar que o forçou a fugir do país.
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A deposição de Rajoelina, que deixou a nação insular do leste africano sem revelar seu paradeiro, ocorreu após um movimento de protesto lançado por jovens em 25 de setembro contra a falta de água e eletricidade. A decisão significa que Rajoelina não poderá concorrer em futuras eleições.
O decreto, publicado no Diário Oficial, declara que a nacionalidade malgaxe de Rajoelina está sendo revogada porque ele adquiriu a nacionalidade francesa em 2014, de acordo com relatos da mídia, que compartilharam fotos do documento online.
A emissora francesa RFI confirmou que conseguiu confirmar a emissão do documento com a comitiva do novo primeiro-ministro, Herintsalama Rajaonarivelo, que assinou o decreto.
O decreto cita leis que estipulam que um malgaxe que adquira voluntariamente uma nacionalidade estrangeira perde seu status de cidadão do país.
A nacionalidade francesa de Rajoelina causou um escândalo ao ser revelada antes das eleições de novembro de 2023, quase 10 anos após sua concessão.
O político de 51 anos fugiu de Madagascar depois que o Coronel do Exército Michael Randrianirina declarou, em 11 de outubro, que sua unidade militar, a CAPSAT, se recusaria a cumprir ordens para reprimir o movimento de protesto.
Randrianirina tomou posse como presidente em 14 de outubro, prometendo eleições dentro de dois anos.
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