
Lula 'rifou' aliados, e saída de ministro da Secretaria-Geral da Presidência engrossa lista; veja os nomes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta segunda-feira substituir Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência. Para o seu lugar, irá o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
A saída de Macêdo engrossa a lista aliados próximos de Lula que foram apeados do governo por decisão do presidente, entre os quais Paulo Pimenta, Nisia Trindade, Carlos Lupi e José Chrispiniano. Entre os motivos para as trocas, estão conveniência política, tentativa de buscar mais apoio no Congresso ou por problemas de performance do auxiliar.
Novo ministro: Boulos afirma que missão dada por Lula é 'colocar o governo na rua'
Mensalão: STJ exclui Dirceu, Genoino e Delúbio de ação por improbidade
Com a troca agora, Lula quer ter no comando da Secretaria-Geral, pasta que faz interlocução com movimentos sociais e a sociedade civil, um nome que tenha canal direto com essas entidades e capacidade de mobilização. A estratégia de intensificar a relação com os movimentos sociais está ligada a disputa eleitoral do ano que vem.
Márcio Macêdo
Ministro deixou a Secretaria de Governo após um longo processo de desgaste no cargo. Lula vinha criticando a capacidade de mobilização dos movimentos sociais desde 1º de maio de 2024. O cargo era cobiçado por alas do PT e acabou nas mãos do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Paulo Pimenta
Ex-ministro da Secom de Lula, ocupava um dos cargos mais estratégicos do governo e despachava diariamente com presidente. Problemas na comunicação, fogo amigo e o desejo do presidente de ter um marqueteiro ao seu lado, fizeram Lula trocar Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira. Deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Pimenta voltou para Câmara dos Deputados e hoje lidera a bancada do governo na CPI do INSS.
Nísia Trindade
A ministra deixou o Ministério da Saúde em fevereiro após Lula demonstrar insatisfação com a falta de resultados na área e um longo processo de “fritura política”. Lula cobrava especialmente mais resultados do programa que oferecia atendimento de especialistas médicos. Nísia foi substituída por Alexandre Padilha. Nísia Trindade voltou para Fiocruz, entidade que já presidiu, onde atua como pesquisadora.
Carlos Lupi
Presidente do PDT, Lupi é aliado histórico de Lula e foi apeado ao cargo no auge do escândalo dos descontos indevidos do INSS. O ex-ministro, no entanto, segue de comprometido em apoiar Lula em 2026 e tenta uma reaproximação com Planalto após a demissão. Lupi foi substituído pelo seu secretário-executivo, Wolney Queiroz.
José Chrispiniano
Assessor de imprensa de Lula desde 2011, foi secretário de Imprensa da Presidência da República até o início de 2025. Deixou cargo, considerado de confiança de Lula, junto com o Paulo Pimenta e foi substituído pelo jornalista Laercio Portela.
Fonte original: abrir