Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Imagens de satélite revelam seca recorde na Grécia: Lago Mornos encolhe 55% e ameaça abastecimento de água de Atenas

23/10/2025 11:29 O Globo - Rio/Política RJ

As últimas imagens de satélite divulgadas em outubro revelam uma situação crítica para a Grécia: o Lago Mornos, principal reservatório que abastece Atenas, sofreu um declínio sem precedentes em menos de quatro anos. De acordo com análise da National Geographic baseada em dados do Copernicus Sentinel-2, a superfície do lago encolheu quase 55%, refletindo a gravidade da seca que afeta o país e toda a região do Mediterrâneo.
Humanos e preguiças-gigantes lado a lado? Achados de 40 mil anos na Argentina podem reescrever a História das Américas; imagens
Localizado a cerca de 260 quilômetros da capital, o Lago Mornos é um reservatório artificial em forma de X. Comparações de imagens capturadas entre 3 de janeiro de 2022 e 9 de outubro de 2025 mostram a redução drástica no nível da água, evidenciando a rapidez com que a crise hídrica se intensificou.
A seca que transforma paisagens e vidas
Dados oficiais do Copernicus, citados pela National Geographic, indicam que a superfície do lago caiu de 19,1 km² em 2022 para apenas 8,7 km² em setembro de 2025. O recuo das águas expôs áreas submersas por décadas, alterando o ambiente natural e transformando a paisagem da região.
O impacto não se limita ao cenário geográfico. Milhões de atenienses dependem do Lago Mornos para água potável. A redução histórica nos níveis dos reservatórios ameaça tanto o consumo humano quanto a agricultura, setores fundamentais para a estabilidade da região. Um símbolo dramático dessa crise é a antiga vila de Kallio, submersa desde 1980, que ressurgiu durante a seca de 2024 e tornou-se um lembrete físico da escassez hídrica.
O caso do Mornos reflete uma tendência mais ampla no sul da Europa, atingindo países como Espanha e Portugal, onde os reservatórios também apresentam níveis abaixo da média histórica. Especialistas alertam que, apesar de chuvas recentes, a escassez hídrica pode se agravar, exigindo planejamento e medidas preventivas.
Em escala global, regiões da África e da América enfrentam crises semelhantes. Em setembro de 2024, a Namíbia enfrentou a pior seca da história recente, e no Brasil mais de 1.700 escolas e 760 centros de saúde tiveram de suspender atividades por falta de água, segundo dados da ONU.

Fonte original: abrir