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IA pode substituir o papel do professor?

15/10/2025 08:00 A Tarde - Política

A lousa deu lugar ao tablet, o mimeógrafo virou arquivo digital e a Inteligência Artificial (IA) já faz parte do cotidiano escolar. Segundo a Talis (Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, na sigla em inglês) divulgada na última terça-feira, 7, pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mais da metade (56%) dos professores brasileiros afirma usar ferramentas de IA.



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Os dados colocam o Brasil como o 9º país com maior proporção de docentes que utilizam IA no ensino. Emirados Árabes, Singapura e Nova Zelândia lideram o ranking, com mais de 75% dos professores fazendo uso da tecnologia em suas práticas pedagógicas. Na outra ponta estão países de alto desempenho educacional, como França, Japão e Bélgica, onde apenas cerca de 20% dos docentes relatam utilizar IA em sala de aula.O relatório da OCDE ressalta ainda que o conceito de inteligência artificial considerado pela pesquisa vai além dos modelos generativos, como ChatGPT, incluindo também ferramentas de reconhecimento de fala, análise de aprendizagem e de dados."Embora a IA esteja desempenhando um papel cada vez maior na vida das pessoas, sua influência a curto e longo prazo na educação permanece incerta. Como a IA deve ser usada na educação também é uma questão pertinente", destacou o documento.Diante de tantos avanços, surge a pergunta: a IA pode substituir o papel do professor?“Quando o livro didático chegou nas escolas, tinha professor que era contra porque parecia que ia substituir o professor. Década de 90, chegou computador e laboratório de informática nas escolas. Tinha gente que achava que o laboratório de informática, que a internet iria substituir o professor. E isso já foi comprovado que não vai substituir. Então, da mesma forma que a inteligência artificial não vai substituir a intervenção do professor”.A reflexão é de Manoel Calazans, assessor especial da Secretaria da Educação da Bahia (SEC) e mestre em Políticas Sociais e Cidadania. Em entrevista a A TARDE, ele reforçou que, apesar de todos os avanços tecnológicos, nenhum algoritmo é capaz de reproduzir a presença e a sensibilidade humanas.“A inteligência artificial deve ser tratada como um recurso tecnológico, mas, ao mesmo tempo, ela vai precisar o tempo todo de mediação. A palavra de ordem no contexto educacional é: mediação”.A SEC tem promovido formações sobre o uso pedagógico da IA para os professores da rede estadual de ensino, com o apoio do Instituto Anísio Teixeira (IAT). Entre as capacitações oferecidas estão cursos sobre tratamento de dados com IA e o uso pedagógico das inteligências artificiais.“A formação dos professores ainda carece nas universidades de um aprofundamento do que a inteligência artificial e o impacto que ela tem nas aprendizagens. Ao mesmo tempo que é uma novidade para o estudante, é uma novidade para o professor. É uma novidade para gestão. Hoje, o professor precisa ter muito conhecimento para distinguir o texto da inteligência artifici

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