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Em visita ao Egito, Trump declara 'paz no Oriente Médio' durante encontro de líderes mundiais sobre fim da guerra em Gaza

13/10/2025 18:05 O Globo - Rio/Política RJ

Após discursar no Parlamento israelense, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguiu para o Egito, onde participou da Cúpula da Paz — uma reunião com outros 20 líderes mundiais sobre o fim da guerra em Gaza. No encontro, o republicano assinou um documento referente ao acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel nesta segunda-feira. Catar, Turquia e Egito, que atuam como mediadores no conflito junto com os EUA, também assinaram o papel. Ele aproveitou para declarar a "paz no Oriente Médio".
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— Juntos, alcançamos o que todos diziam ser impossível. Finalmente, temos paz no Oriente Médio. Demorou 3 mil anos para chegar a este ponto, dá para acreditar? E vai aguentar também — disse Trump ao assinar o documento.
Ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, Trump foi elogiado pelo seu homólogo por promover o fim da guerra, e acrescentou:
— Todos disseram que isso não é possível e que vai acontecer. E está acontecendo diante de seus olhos.
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Sentados lado a lado, na cidade de Sharm el-Sheikh, onde acontece a Cúpula da Paz, al-Sisi expressou sua crença de que somente Trump era “capaz de fazer a paz”. O líder do Egito também o elogiou em nome de seus compatriotas e de todos os “povos amantes da paz”, descrevendo o acordo entre Israel e Hamas como uma “grande conquista”. Para al-Sisi, a tarefa, agora, é garantir que o cessar-fogo em Gaza seja mantido.
Trump, por sua vez, retribuiu os afagos.
— Ele é um bom homem. Desempenhou um papel muito importante e sou muito grato por isso — encerrou o americano, cumprimentando de al-Sisi.
Segunda fase 'já começou'
Durante a Cúpula da Paz, Trump afirmou que a segunda fase das negociações de cessar-fogo em Gaza “já começou”, destacando que o processo envolve uma ampla cooperação internacional.
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— Eles estão procurando corpos. É uma tarefa bastante árdua. Eles sabem onde estão vários deles. As equipes de busca estão em ação, em conjunto com Israel, e eles vão encontrar muitos deles — declarou Trump, ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi.
Segundo Trump, 35 países participam da cúpula, e o encontro marca um momento de “tremendo progresso”.
Encontro com presidente da Autoridade Nacional Palestina
O presidente americano ainda teve tempo para uma breve conversa com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas. Um aperto de mão selou o primeiro encontro entre os dois depois de oito anos.
Trump e Abbas falaram por alguns minutos, antes de o líder dos EUA o cumprimentar e, em seguida, fazer um sinal de positivo para as câmeras. O presidente francês, Emmanuel Macron, acompanhou Abbas até o encontro com Trump.
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Em Israel, Trump chegou a ensaiar um plano de última hora para convidar o premier israelense, Benjamin Netanyahu, para a Cúpula da Paz. Mas teve que abortar a costura diplomática depois que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, disse que não pousaria em Sharm el-Sheikh se o convite fosse mantido.
A presença de Netanyahu na cúpula foi selada por Trump durante uma ligação com o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, que chegou a confirmar a participação do primeiro-ministro.
Ainda não há confirmação de que a recusa de Erdoğan foi a causa da mudança de planos de Netanyahu, mas sabe-se que ele falou com al-Sisi para levantar suas objeções sobre o premier no Egito. Figuras da extrema direita do governo de Netanyahu também ameaçaram renunciar se ele fosse à cúpula.
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Antes, ao embarcar para Israel, na Base Aérea de Andrews, nos EUA, Trump já havia dito que a guerra havia acabado. O tema não é pacífico, uma vez que o próprio Netanyahu colocou a paz em dúvida. Em um discurso no domingo, em que não citou o presidente americano, ele disse que o fim das atividades militares dependiam da entrega de armas do Hamas e desmobilização do grupo terrorista.
— Onde quer que tenhamos lutado, vencemos — disse Netanyahu no domingo. — Mas tenho de dizer a vocês, ao mesmo tempo, que a campanha não terminou. Ainda temos importantes desafios de segurança à frente. Alguns de nossos inimigos estão tentando se reagrupar e nos atacar de novo. E, como dizemos aqui, estamos de olho.
(Com AFP).

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