Eduardo diz que encontro de Lula com Trump foi 'humilhação' e nega 'vitória' ao petista: 'Símbolo de derrota e pequenez'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou como uma "humilhação" o encontro dos presidentes Lula (PT) e Donald Trump, dos Estados Unidos, para a negociação das tarifas americanas aplicadas sobre os produtos brasileiros. Em um post no X, o parlamentar também criticou comentários que afirmavam que a reunião havia sido uma "vitória" para o petista e afirmou que o governo seria "um regime acuado pelas cordas". A conversa também dividiu opiniões de parlamentares da oposição e governistas nas redes sociais.
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"Vocês acham que é minimamente crível atrelar vitória a um regime de exceção sendo publicamente humilhado?", escreveu na publicação. O parlamentar, que atuou nos EUA pela aplicação de sanções a autoridades brasileiras, também disse que "uma foto com Donald Trump seria uma vitória se fosse um presidente alinhado à direita".
"No caso do Lula, é o símbolo da sua derrota e pequenez, tendo que se submeter à força inequívoca do Presidente Trump, a quem Lula odeia e chamava de 'nova cara do nazi-fascismo”, acrescentou. Eduardo também comparou a situação a um encontro hipotético entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente venezuelano Nicolás Maduro, no qual o brasileiro seria "obrigado a implorar por reunião, a prestar satisfação dos seus atos e a falar do seu rival ex-presidente".
Além de Eduardo, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou o encontro em suas redes sociais. "Deve ser a terceira reunião e os caras que atacam diariamente Trump se fazem de idiotas para enganar outros idiotas", escreveu. Já o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que a conversa entre os dois "provava" que o tarifaço não teria sido culpa de Eduardo. "Há meses, o Brasil paga o alto preço da falta de humildade de um descondenado presidente que arrogantemente não quis negociar logo".
O parlamentar também foi defendido pelo deputado federal Mario Frias (PL-RJ), que o descreveu no X como "um guerreiro silencioso, que trabalha nos bastidores com lealdade e coragem." "Diferentemente de muitos que hoje trabalham para desmerecer o grande trabalho que ele fez, e continua fazendo por todos nós", completou.
Do lado governista, o encontro foi elogiado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que escreveu que a reunião "simboliza a volta de um Brasil que fala de igual para igual com o mundo". O deputado também ironizou o "clima na família Bolsonaro" após o encontro. "Ver o 'ídolo' deles recebendo Lula com respeito, depois de dedicarem anos de bajulação e subserviência, deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado", disse.
Já o deputado Rogério Correia disse que bolsonaristas estariam "explodindo de inveja e desespero", enquanto Trump estaria "pegando carona na popularidade de Lula", após a Casa Branca publicar um registro da conversa entre os dois. A ministra das Relações Institucionais, por sua vez, afirmou que o momento seria "destravou as negociações sobre as tarifas comerciais, abriu caminho para o diálogo sobre as sanções da Magninsky e tratou sobre a preservação da América Latina como zona de paz".
Após o encontro, o presidente brasileiro afirmou, em entrevista coletiva, estar otimista e disse prever acordo com o Trump "em poucos dias". Lula também disse que, na ocasião, tentou explicar ao americano que foi equivocada a ideia de que a condenação de Bolsonaro foi ilegal.
— Rei morto, rei posto. Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. Eu ainda disse a ele que com três reuniões que você fizer comigo vai perceber que Bolsonaro era nada — declarou Lula.
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