 
        Devastadora passagem do furacão Melissa deixa quase 50 mortos no Haiti e na Jamaica
Melissa, o pior furacão do Atlântico em quase um século, deixou ao menos 30 mortos no Haiti e 19 na Jamaica, além de partes de Cuba em ruínas, em seu avanço nessa quinta-feira pelo Caribe rumo a Bermudas.
Prevê-se que as inundações diminuam nas Bahamas, que suspendeu o alerta de furacão, embora possam persistir em Cuba, Jamaica, Haiti e República Dominicana, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
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“As condições em Bermudas vão se deteriorar rapidamente esta noite”, disse o NHC, ao se referir à chegada de Melissa ao arquipélago no Oceano Atlântico com ventos máximos sustentados próximos de 165 quilômetros por hora.
Sobe para 50 número de mortes pela passagem do Furacão Melissa, que deixa rastro de destruição no Caribe
Ricardo Makyn/AFP
A força e a capacidade destrutiva do furacão se intensificaram devido à mudança climática provocada pela atividade humana, segundo uma análise do Imperial College de Londres.
No Haiti, que não foi atingido diretamente pelo furacão, mas sofre com fortes chuvas, ao menos 30 pessoas, incluindo dez crianças, morreram e 20 estão desaparecidas, de acordo com um novo balanço oficial divulgado na quinta-feira.
A maioria das mortes (23) foi causada por uma inundação repentina no sudoeste do país.
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Na Jamaica, “o balanço confirmado de mortos pelo furacão Melissa agora é de 19”, informou à imprensa a ministra da Informação, Dana Morris Dixon.
Enquanto isso, o impacto de Melissa na quarta-feira agravou uma situação já bastante difícil em Cuba devido à grave crise econômica que afeta a ilha há cinco anos.
Em Santiago de Cuba, a segunda maior cidade do país, a tempestade provocou o desabamento de seções de casas e a perda de telhados. A cidade estava sem energia elétrica e muitos cabos de alta tensão estavam no chão.
Dois homens consertam o telhado de uma casa após a passagem da tempestade tropical Melissa, antes de se tornar um furacão, em Barahona, na República Dominicana, em 28 de outubro de 2025
AFP
Em El Cobre, próximo de La Trampa, ouvia-se o som dos martelos: quem perdeu o telhado tentava repará-lo com ajuda de amigos ou vizinhos. Outros saíam em busca de comida, enquanto alguns comércios começavam a reabrir.
As autoridades cubanas informaram que cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas, especialmente nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.
'Ajuda humanitária imediata'
Moradores aguardam nas ruas por comida horas antes da chegada do furacão Melissa à cidade de Santiago de Cuba
Yamil Lage/AFP
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que viajou para a província de Holguín, uma das mais afetadas, declarou que o furacão causou “danos significativos”, mas nenhuma vítima.
O governo de Donald Trump afirmou que enviou equipes de resgate e resposta a Jamaica, Haiti, República Dominicana e Bahamas, e ofereceu ajuda a Cuba, seu histórico rival ideológico.
“Estados Unidos está preparado para fornecer assistência humanitária imediata” ao “corajoso povo cubano”, afirmou no X o secretário de Estado, Marco Rubio.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, anunciou o envio de 26 toneladas de ajuda humanitária a Cuba.
Reino Unido garantiu ajuda emergencial de cerca de US$ 3,3 milhões para a região e disse que colocará voos à disposição para facilitar a saída de cidadãos britânicos de Jamaica.
“El Salvador enviará amanhã 3 aviões de ajuda humanitária a Jamaica”, declarou por sua vez o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, em X.
300km/h
Melissa já provocava estragos na região, onde muitos morreram enquanto protegiam suas casas antes da chegada da tempestade. Além das vítimas mortais em Haiti e Jamaica, República Dominicana registrou uma morte e Panamá, três.
Moradores inspecionam uma casa destruída pelo furacão Melissa em um bairro de Santiago de Cuba, em 29 de outubro de 2025
Yamil Lage / AFP
A força da tempestade superou a de furacões como Katrina, que arrasou a cidade de Nova Orleans em 2005.
Melissa foi a tempestade mais potente a tocar terra em 90 anos quando atingiu Jamaica na terça-feira como um furacão de categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, com ventos de cerca de 300km/h, segundo uma análise da AFP de dados meteorológicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.
Em 1935, o chamado furacão do Dia do Trabalho devastou os Keys da Flórida com ventos também próximos de 300km/h e pressão atmosférica de 892 milibares.
O primeiro-ministro de Jamaica, Andrew Holness, declarou o país “zona de desastre”.
A devastação causada por Melissa na Jamaica atinge “níveis nunca vistos” na ilha, declarou na quarta-feira um representante da ONU no local.
Cientistas afirmam que a mudança climática causada pelo ser humano intensific
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