 
        Deputados pedem investigação federal sobre megaoperação no Rio
<p><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://imirante.com/politica"><strong>BRASIL -</strong></a> A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados anunciou que vai solicitar a abertura de uma investigação federal para apurar as circunstâncias da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos.</p><p>O presidente da comissão, deputado Reimont (PT-RJ), defendeu que uma perícia independente, sem vínculo com o governo estadual, é essencial para garantir transparência e imparcialidade nas apurações.</p><p><i>“Nós estamos diante de um crime de Estado. Quem matou esses jovens foi o Estado. Independentemente se são comprometidos com a criminalidade ou não, são seres humanos e no Brasil não há pena de morte. Vamos pedir uma perícia federal”</i>, afirmou o parlamentar.</p><h2>Defesa de uma perícia independente</h2><p>O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), também integrante da comissão, reforçou o pedido de federalização das investigações, afirmando que a ação policial teve características desastrosas e cunho político.</p><p><i>“Foi uma operação desastrosa, que infelizmente parece ter um cunho político muito forte. Agora, nossa obrigação é garantir que haja luz sobre todas as investigações. A Polícia Federal deve entrar nesse processo, como uma polícia independente”</i>, defendeu o parlamentar.</p><p>Segundo ambos, a apuração deve ser conduzida por órgãos federais, de modo a assegurar isenção e credibilidade no processo investigativo.</p><h2>Pedido também feito na Assembleia do Rio</h2><p>A Comissão Especial de Favelas e Periferias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também protocolou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo o deslocamento de competência das investigações.</p><p>A solicitação foi apresentada pela deputada Renata Souza (PSOL), que pediu que a PGR preserve todos os vestígios periciais e registros audiovisuais relacionados à operação.</p><h2>Críticas à condução da operação</h2><p>Em nota, a deputada afirmou que o episódio do dia 28 de outubro não se tratou de uma ação de segurança pública, mas de “um massacre, uma chacina”, com violações graves de direitos humanos.</p><p><i>“O que presenciamos não foi uma operação de segurança pública, mas sim um massacre. A resposta das autoridades estaduais, tanto na condução da operação quanto nas declarações posteriores, é inaceitável e demonstra a necessidade urgente de uma intervenção externa e imparcial”</i>, disse Renata Souza.</p><p>De acordo com ela, a vida das pessoas, a integridade das provas e a credibilidade das instituições estão em risco caso não haja interferência federal.</p><h2>Contexto da operação</h2><p>A Operação Contenção, deflagrada em complexos de favelas do Alemão e da Penha, é considerada a mais letal da história do país, com 121 mortos.</p><p>A ação provocou repercussão nacional e internacional, levando organizações de direitos humanos, parlamentares e entidades civis a cobrarem investigações independentes e responsabilização dos envolvidos.</p>
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