Depois de três meses de queda, economia argentina cresce 0,3% em agosto

A atividade econômica da Argentina cresceu em 0,3% em agosto, se recuperando de três meses consecutivos de queda, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 2,4%, segundo o Indec. O resultado foi ligeiramente menor do que os 2,5% previstos por economistas.
As altas mais expressivas no período foram dos setores de intermediação financeira e mineração, que cresceram 26,5% e 9,3%, respectivamente, na base anualizada. Por outro lado, importantes setores da economia registraram quedas significativas, casos do comércio atacadista e varejista (-1,7%) e da indústria manufatureira(-5,1%).
Os resultados foram divulgados poucos dias antes das eleições legislativas de meio de mandato, cruciais para o governo de Javier Milei. No domingo, os argentinos vão às urnas para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
Milei precisa de um bom desempenho de seu partido, o La Libertad Avanza (LLA), no pleito para ampliar o apoio no Congresso, dar sequência à sua ambiciosa agenda de austeridade e convencer investidores de que o governo será capaz de aprovar novas reformas.
Uma derrota esmagadora em uma eleição na principal província do país, a de Buenos Aires, no mês passado, fez com que os títulos argentinos e o peso despencassem, aumentando a incerteza política e a preocupação dos investidores em relação à votação nacional de domingo.

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