De borboletas carnívoras a empresas de lavagem cerebral: peça de Matei Visniec usa o absurdo como crítica social
Cinco atores em 16 cenas curtas, sem trama, espaço ou personagens muito definidos, em monólogos e esquetes que vão de invasões de borboletas carnívoras a empresas de lavagem cerebral. Assim é “O homem decomposto”, adaptação da obra do franco-romeno Matei Visniec dirigida por Ary Coslov, que estreia sexta (31) na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Estrelada por Dani Barros, Guida Vianna, Júnior Vieira, Marcelo Aquino e Mario Borges, a montagem incita reflexões sobre a falta de conexão da sociedade atual.
Em dezembro: solos de Fernanda Montenegro e Andréa Beltrão reabrem o Teatro Sesc Ginástico, no Rio
Chay Suede estreia no teatro com monólogo baseado em sua carreira; vendas começam quinta (30)
— É um texto de 30 anos atrás, mas que fala sobre o agora. Apesar das redes sociais, estamos vivendo um afastamento interpessoal, e momentos de crise também entre os países. A forma como Visniec toca nesses assuntos levanta a dúvida: o que vai acontecer com o ser humano se continuarmos assim? — reflete o diretor, que selecionou parte das 24 cenas da obra “Teatro decomposto ou homem-lixo”, classificada pelo autor como uma comédia dramática fragmentada.
Guida, que já atuou em outra montagem do autor, “2 x Matei”, dirigida por Gilberto Gawronski (2014), resume a estranheza das situações vividas em cena.
— Essa peça é completamente filha do teatro do absurdo. Fala da destruição da nossa civilização, e de como temos a impressão de estarmos involuindo, em vez de evoluindo.
Serviço
Onde: Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema.
Quando: Sex e sáb, às 20h. Dom, às 19h. Até 30 de novembro. Estreia sexta (31).
Quanto: R$ 60.
Classificação: 14 anos.
Fonte original: abrir