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COP 30: governo busca apoio internacional para garantir US$ 1,3 trilhão para financiamento climático

12/10/2025 07:02 G1 - Política

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Nesta semana, o governo brasileiro espera obter apoio internacional para aprovar um documento com medidas que podem garantir a meta global de, em até 2035, alcançar US$ 1,3 trilhão em financiamento de ações para países em desenvolvimento enfrentarem a mudança do clima.
O governo brasileiro espera chegar à COP 30 — conferência da ONU sobre o clima que será sediada em Belém, em novembro — com apoio de peso, de dezenas de países e de grandes empresários, para o relatório com as medidas.
O governo quer também que isso seja colocado no documento final da conferência.
A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, vai a encontros em Washington tratar do tema. Ela vai participar de reuniões anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, na capital norte-americana.
Entre os países que devem assinar o documento estão:
Azerbaijão, Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, China, Dinamarca, Egito, Etiópia, França, Alemanha, Gana, Índia, Indonésia, Itália, Holanda, Coreia do Sul, Arabia Saudita, África do Sul, Espanha, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.
Os Estados Unidos, liderados pelo presidente Donald Trump, não participam desse debate.
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REUTERS/Kent Nishimura
Relatório
O documento vai propor ajustes no sistema global de financiamento de ações de combate às mudanças climáticas.
Um dos pontos é a reforma de fundos multilaterais, como o Green Climate Fund e o Climate Investment Funds (CIF), para que os recursos desses mecanismos sejam liberados mais rapidamente e sejam, então, usados principalmente por países em desenvolvimento.
Outro ponto é mudar bancos multilaterais para que sejam maiores e mais eficientes. Um roteiro de como o Banco Mundial, como o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento — Banco dos Brics) , devem se reformar para impulsionar o sistema: tomem mais risco, se conectem mais com o capital privado, façam operações de forma mais ágil.
Boa parte do conteúdo resgata o que foi aprovado na reunião do G20 comandado pelo Brasil. No entanto, em Washington, outros países deverão apoiar as medidas.
Não há compromisso nem obrigações para os países que assinarem. Mas, a chancela deles afirma que há peso político para o documento, que será posteriormente apresentado à COP 30.
Próximos passos
Depois da reunião em Washington, o texto deve ser levado a empresários em encontro em São Paulo, nos dias 3 e 4 de novembro.
Nesses dias, haverá eventos com grandes CEOs de empresas multinacionais, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai participar.

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