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Ciro Nogueira não considera Moraes um 'tirano ou ditador', mas critica 'ativismo' no Judiciário

13/10/2025 13:22 O Globo - Rio/Política RJ

O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), afirmou que não considera o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes um "tirano" ou "ditador", como costuma ser definido por bolsonaristas. O parlamentar, contudo, analisou que há "um excesso de ativismo" por parte do Judiciário brasileiro, o que é "ruim para as instituições e para a democracia".
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Em entrevista concedida à Band divulgada neste domingo, quando questionado se considera o magistrado um tirano ou ditador, Nogueira respondeu:
"Não acho isso não. Eu acho que existe hoje um excesso de ativismo judicial no nosso país", declarou. "É chegado o momento de dar um passo atrás, se não vamos ter uma eleição no ano que vem que a discussão será o Supremo, e isso é ruim para as instituições e para a democracia", completou.
Em relação ao julgamento que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, o senador declarou que, por conta dos "enfrentamentos", os ministros deveriam ter "deixado para outros juízes julgarem, para ter mais isenção".
"Ficou uma situação de muita disputa. Aqui no país, temos um negócio de que 'juiz tem que ser garantista'. Juiz tem que ser juiz e seguir a lei", afirmou. "A Suprema Corte americana deveria ser um exemplo aqui, para os juízes falarem mais nos autos e pararem de externar opinião sobre tudo".
Questionado sobre o lugar deixado pelo ministro Luís Roberto Barroso na Corte, Nogueira destacou que espera que o presidente Lula (PT) faça uma "grande escolha". Para o senador, sua principal preocupação com o Judiciário é que "se escolham pessoas corretas e verdadeiros juízes", sem ser "de esquerda ou de direita".
Em entrevista concedida ao GLOBO, divulgada na semana passada, o líder do PP abordou as críticas sofridas por nomes como Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, por não encampar temas mais radicais, como um impeachment de Moraes. O senador afirmou que assuntos do tipo são pautas "sem viabilidade nenhuma" e "apenas para criar palanque".

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