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'Carinha que mora logo ali': saiba por onde anda ator famoso no Brasil por interpretar Chris Rock

18/10/2025 07:02 O Globo - Rio/Política RJ

Brooklyn, 1983. Ou melhor: à beira do Riverside Park, em Manhattan, o ator Tyler James Williams parou para apontar sua câmera digital para um bando ascendente de pombos. Os pombos são frequentemente considerados um problema da vida urbana, mas Williams gosta deles.
"Gosto da maneira como eles se movimentam em grupo", disse ele ao clicar. "Gosto muito de equipes."
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Que sorte, porque nos últimos quatro anos Williams faz parte de uma das equipes de maior sucesso da televisão. Em "Abbott Elementary", o falso documentário da ABC ambientado em uma escola pública carente da Filadélfia, ele interpreta Gregory Eddie, um professor sério que se apaixona por sua animada colega Janine, interpretada pela criadora da série Quinta Brunson.
Williams é a estrela de uma série que retornou recentemente para sua quinta temporada, mas não é a estrela. E ainda assim ele se destaca. Ex-ator mirim, Williams, de 33 anos, passou por alguns anos de juventude inativos para emergir como um artista talentoso e extremamente simpático e, mais recentemente, como diretor. Em "Abbott", ele redefine discretamente o que um protagonista romântico masculino pode ser, defendendo, risada após risada, o padrão bonitinho e sensível.
“Sou um galã muito identificável em Gregory”, disse ele.
Era uma manhã arejada de outono no Upper West Side. Williams usava óculos escuros, uma concessão à claridade do dia, e um blusão da Comme des Garçons Play sobre calças pretas. Um boné de beisebol o deixaria irreconhecível. Mas isso, segundo ele, seria o mesmo que se esconder.
“Sair para me esconder mexe comigo mentalmente”, disse ele. “Acho que fiz isso durante a maior parte da minha vida. Nova York me permite não ter que me esconder.”
Tyler James Williams faz parte de uma das equipes de maior sucesso da televisão americana em "Abbott Elementary"
Cody Cutter/The New York Times
Os nova-iorquinos, disse ele, em geral o deixam em paz. Até os pombos. É um dos motivos pelos quais ele voltou para cá há alguns anos, vindo de Los Angeles, onde a "Abbott Elementary" realiza suas filmagens.
"Cada um é o protagonista da sua própria história", disse ele enquanto observava os passeadores de cães e os empurradores de carrinhos. "Aqui, você é apenas mais uma pessoa."
A história de Williams no show business começou cedo. Ele cresceu em Yonkers, ao norte de Nova York. Seus pais não eram atores e não conheciam ninguém que fosse. Mas quando Williams tinha 4 anos, assistiu ao filme "MIB - Homens de Preto" (1997), de Will Smith, e algo naquele filme e naquela atuação o cativou.
"Eu nem consigo explicar direito", disse ele. "É um dos maiores momentos de clareza que já tive, e foi aos 4 anos." Ele soube, naquele momento, que tinha que ser ator.
Naquele mesmo ano, ele encontrou seu caminho para "Vila Sésamo", um ponto de partida ideal. Ele estava cercado por outras crianças e por adultos singularmente interessados ​​e experientes no que as crianças precisavam no set. Ele gostaria que todo ator mirim pudesse começar por ali.
Durante os anos do ensino fundamental, o trabalho não era exaustivo. Ele ainda podia frequentar a escola regularmente e manter amizades regulares. Isso mudou em 2005, quando, aos 12 anos, foi escalado para interpretar o protagonista de "Todo Mundo Odeia o Chris", uma sitcom familiar, exibida originalmente pela UPN, baseada na infância do comediante Chris Rock.
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Terry Crews, que interpretou o pai do personagem de Williams na série, relembrou seu talento evidente. Williams tinha falas perfeitas, disse Crews, mas também sabia improvisar e tinha um senso sobrenatural de onde e como uma piada deveria soar.
“Sinceramente, eu aprendi com Tyler mesmo quando ele era criança”, escreveu Crews em um e-mail. “Dava para ver que ele queria estar lá, ele gostava, e isso transparecia em cada apresentação.”
Williams gostou, mas também sentiu o peso da responsabilidade. Como astro, se ele falhasse, o show também falharia. Ele sabia o quão sortudo era, e não era da sua natureza agir ou reclamar, então não o fez. Mas ele se lembra de sentir um cansaço profundo.
"Era o tipo de cansaço que me fazia dormir, tirar uma soneca e não conseguia me recuperar", disse ele. Desta vez, ele foi para a escola no set e vivenciou os marcos da adolescência de maneiras inusitadas. “Para mim, o baile de formatura era o Emmy”, disse ele.
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Quando "Todo Mundo Odeia o Chris" terminou, após quatro temporadas, Williams teve dificuldades com o público adolescente. Ele era magro ("magrinho" é a palavra que ele gosta), consequência em parte da doença de Crohn, e descobriu que os diretores de elenco frequentemente procuravam alguém mais velho e mais co

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