
Gracyanne Barbosa treina apenas uma perna após lesão no joelho; ortopedista explica se funciona
Em fase de recuperação após romper um tendão no joelho esquerdo durante o quadro “Dança dos Famosos”, Gracyanne Barbosa surgiu nas redes sociais treinando apenas a perna direita e recebeu críticas. A influenciadora respondeu: “Para quem está preocupado achando que vou ficar com uma perna mais fina que a outra: agora a estética não é importante. O objetivo é manter força muscular, função neuromotora, acelerar o retorno funcional, preservar o condicionamento físico e minimizar a perda de massa”.
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Mas essa lógica funciona mesmo?
Segundo o ortopedista e especialista em medicina esportiva Fernando Jorge, sim. Estudos de neurofisiologia e biomecânica mostram que o treinamento unilateral gera adaptações neurológicas que se transferem parcialmente para o lado imobilizado.
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“Quando você faz um exercício intenso com um lado do corpo, o cérebro ativa áreas motoras que também estimulam, ainda que indiretamente, o lado oposto. Isso ajuda a manter a capacidade de recrutamento muscular no membro lesionado”, explica.
Benefícios do treino unilateral na recuperação
Além de manter o condicionamento do membro saudável, a estratégia reduz a perda de força no lado lesionado em até 50%, segundo pesquisas comparativas com pacientes que não treinaram durante a imobilização. Há ainda ganhos psicológicos importantes: manter parte da rotina de treino reduz frustração, ansiedade e sensação de inatividade — fatores que impactam diretamente a adesão ao tratamento.
O especialista reforça que o treino contralateral não causa assimetria; ao contrário, ajuda a minimizá-la. O efeito é predominantemente neural, e não estético — ou seja, não vai “crescer” o músculo do lado imobilizado, mas evita que ele perca totalmente a conexão com o sistema nervoso.
Cuidados necessários
Depois da liberação para voltar a treinar o membro lesionado, quem adotou o Efeito Cruzado normalmente recupera força e função muito mais rápido. Porém, a prática precisa ser orientada por um profissional de Educação Física, com atenção à carga, execução e controle do movimento. “Não é necessário pegar leve com o lado saudável, desde que haja qualidade técnica e segurança”, pontua Fernando.
Cada lesão é única — por isso, a decisão deve sempre passar por avaliação médica e acompanhamento profissional.
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