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Trump aprova alívio em tarifas para carros produzidos nos EUA

18/10/2025 14:48 O Globo - Rio/Política RJ

O presidente americano Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva que vai diminuir as alíquotas tarifárias para a indústria de automóveis e motores instaladas nos Estados Unidos.
A diretriz prorroga até 2030 um desconto tarifário já concedido às montadoras que produzem e vendem veículos completos no país, e inicia os preparativos para aplicar o mesmo tipo de compensação sobre as tarifas de caminhões.
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É que as montadoras podem reivindicar um crédito equivalente a 3,75% do valor de seus veículos fabricados nos Estados Unidos, um incentivo criado para atenuar o impacto das tarifas de 25% sobre peças importadas e oferecer tempo para que as cadeias de suprimento sejam transferidas para dentro dos EUA.
Embora Trump inicialmente planejasse uma eliminação gradual de dois anos para o benefício, até o fim de 2027, agora ele está estendendo a iniciativa por cinco anos, segundo autoridades. O programa de motores também deve ter o mesmo prazo.
A concessão representa uma vitória para empresas como a Ford e a General Motors, dona da Chevrolet, que argumentaram que as políticas comerciais de Trump favoreciam alguns concorrentes estrangeiros.
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O argumento das companhias era verdadeiro para os carros fabricados no Japão, que estão sujeitos a tarifas mais baixas de 15%, conforme um acordo firmado entre os dois países, em vez da taxa de 27,5% que vigorava anteriormente sob Trump.
“Um campo de jogo equilibrado, com uma cadeia de suprimentos estável e acessível, significará mais crescimento nos Estados Unidos e, em última análise, mais segurança no emprego e participação nos lucros para nossos trabalhadores da linha de frente”, disse o CEO da Ford, Jim Farley, em um comunicado.
A decisão evidencia o delicado equilíbrio de Trump em sua tentativa de reorientar os fluxos globais de comércio e revitalizar a manufatura doméstica. O ex-presidente tem usado amplamente as tarifas para penalizar importações e estimular a produção e o emprego nos EUA. Mas os fabricantes dependem de cadeias globais de suprimento para produzir bens acabados no país, o que expõe até mesmo a produção doméstica às tarifas impostas por Trump.
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