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Câmara homenageia Pai Marcos por liderança religiosa e trabalho social em Maceió

25/10/2025 12:49 GazetaWeb - Política

Câmara homenageia Pai Marcos por liderança religiosa e trabalho social em Maceió.


Assessoria









A Câmara Municipal de Maceió realizou uma homenagem ao babalorixá e presidente do Instituto Guerreiros de Jorge, Marcos Firmino de Oliveira. Ele foi reconhecido com a Comenda Tia Marcelina, proposta pelo vereador Allan Pierre.A honraria é destinada a personalidades que se destacam na defesa e promoção da educação, saúde, economia, esporte, segurança, cultura e serviços sociais em Maceió, e faz referência à mais conhecida mãe de santo de Alagoas. Tia Marcelina morreu dias após ser atacada dentro do próprio terreiro, no episódio conhecido como Quebra de Xangô, em 1912.O vereador Allan Pierre destacou que Pai Marcos, como é mais conhecido o homenageado, tem uma história de vida dedicada à religião afro-brasileira, desde a infância, que se transformou também em um trabalho social com foco na parte alta de Maceió.Ele justificou a escolha da Comenda Tia Marcelina, por ela ter tido uma história de luta e resistência para manter viva a cultura da religião afro-brasileira, assim como Pai Marcos.“Como eu sempre digo, não é nenhum ato de gentileza, é um dever que a Câmara de Vereadores tem, de reconhecer o trabalho de cidadãos maceioenses que se dedicam a essa cidade nas suas mais diversas temáticas. Acaba sendo também, por extensão, um agraciamento a todas as religiões de matrizes africanas, já que a Câmara respeita e fomenta essa diversidade religiosa. Isso é uma prova que o nosso Parlamento é a casa de todos, a casa do povo”, pontuou.






























































Câmara homenageia Pai Marcos por liderança religiosa e trabalho social em Maceió.


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Pai Marcos recebeu a homenagem com emoção, ao reforçar que a comenda prestigia não apenas ele, mas todos os integrantes da religião.Para o babalorixá, o reconhecimento do do Poder Legislativo é também uma quebra de paradigma, que permite que pais, mães e filhos de santo ocupem importantes espaços públicos e sejam integrados na construção de políticas públicas.“É muito importante a gente trazer o povo da religião aqui, para que possa ser reconhecido na sociedade e nas estradas onde a gente anda. Temos que mostrar à sociedade que somos pessoas que trazemos o bem, fazemos o bem. A gente busca evoluir, trazer a paz e proporcionar realmente a paz para todos nós”, disse.A pesquisadora e ativista na área de direitos humanos, Maria Alcina Ramos de Freitas, participou da solenidade e citou a contribuição do babalorixá e de todos os terreiros de Maceió para a redução da desnutrição nas comunidades onde atuam, a partir do trabalho de distribuição de alimentos.Em estudo realizado na capital, ela conta que percebeu o preconceito dos vizinhos de terreiros e iniciou junto a Pai Marcos um trabalho de desmistificação.“Essas pessoas realmente têm compromisso com a comunidade. Comecei a conhecer esse trabalho nos anos 2000, e o preconceito era muito grande. Mas começamos a entender como fazer para reduzir o preconceito e mostrar o valor da religião de matriz africana para a comunidade”, lembrou.O filho de Pai Marcos, Joel Maurício, também expressou sua alegria pela homenagem. “Fui adotado por ele quando tinha 16 anos. Convivi pessoalmente e na parte dos projetos que ele faz no Village Campestre.O Pai Marcos é uma pessoa sem palavras, de coração maravilhoso, tanto dentro da religiosidade quanto fora, para a comunidade, trazendo mais dignidade, mais respeito e também incluindo as pessoas para entender um pouco mais sobre a religião de matriz africana”. completou.






























































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