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Cai para 2 número de casos suspeitos de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica no RS

09/10/2025 13:33 G1 RS

Intoxicação por metanol no estado
TV Globo/Reprodução
O governo do estado informou, na manhã desta quinta-feira (9), que foi descartada a suspeita de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica por uma pessoa que estava em investigação em Porto Alegre – com isso, o número de casos em investigação cai para dois: um em Novo Hamburgo e outro em Passo Fundo.
Em Novo Hamburgo, trata-se de um homem de 21 anos. Em Passo Fundo, uma mulher de 20 anos tem os sintomas analisados.
🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.
O primeiro caso no estado de intoxicação por metanol após consumo de destilado foi confirmado na quarta-feira (8). É um homem, de 42 anos, que teria consumido caipirinhas com vodka em um bar de São Paulo e voltou a Porto Alegre, onde reside. O consumo da bebida ocorreu em 26 de setembro e o homem foi internado no dia 30 no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Ele já teve alta.
"Os sintomas – febre, dor abdominal e cefaleia – surgiram entre 12 e 24 horas após o consumo. Em seguida, ele apresentou visão turva e alteração na percepção de cores. O paciente está bem e segue em acompanhamento pela Vigilância em Saúde da capital, em contato com o Centro de Informação Toxicológica (CIT)", informou a Secretaria Municipal de Saúde.
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No Brasil, o Ministério da Saúde contabiliza 24 casos confirmados de intoxicação por metanol e 259 notificações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Duas mortes foram confirmadas em São Paulo, e outras 12 seguem em investigação.
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Medidas para casos suspeitos
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul anunciou, na tarde de segunda-feira (6), uma série de medidas para reforçar o atendimento a pacientes que apresentarem sintomas de intoxicação por metanol. A decisão foi tomada durante reunião entre órgãos de saúde do estado.
Entre as ações definidas está a realização de exames específicos para detectar a presença da substância tóxica. Os testes serão feitos no Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT/RS). A expectativa é que os primeiros exames possam ser realizados já na próxima semana.
Durante o encontro, o governo também iniciou um levantamento para identificar quais unidades de saúde possuem etanol farmacêutico, substância utilizada como antídoto contra os efeitos do metanol. Além disso, foram estabelecidos protocolos para facilitar a identificação de possíveis casos de intoxicação.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, afirmou que uma nota técnica será enviada às redes de saúde com orientações sobre o encaminhamento de pacientes suspeitos, procedimentos de notificação e o papel da vigilância sanitária municipal e dos órgãos de segurança.
Comitê intersecretarial
O governo do Rio Grande do Sul anunciou na sexta-feira (3) a formação de um comitê intersecretarial para acompanhar de forma rigorosa possíveis ocorrências de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol no estado.
A iniciativa foi determinada pelo governador Eduardo Leite e envolve as secretarias estaduais da Saúde, Segurança Pública e Agricultura.
O grupo contará com a participação de órgãos como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a Polícia Civil, a Brigada Militar e o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano.
Arte/g1
Se não receber tratamento médico, quadro de pessoa intoxicada por metanol pode se agravar tragicamente em 48 horas
Jornal Nacional/ Reprodução
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