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As 3 regras para a felicidade seguidas pelo 'homem mais feliz do mundo'

16/10/2025 12:58 O Globo - Rio/Política RJ

No início dos anos 2000, um estudo da Universidade de Wisconsin-Madison revelou que o cérebro de Matthieu Ricard emitia níveis altíssimos de ondas gama, relacionadas ao aprendizado, à concentração e à memória. A notícia se espalhou pelo mundo, e a mídia começou a chamá-lo de "o homem mais feliz do mundo".
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Nascido na França e formado em ciência, Ricard deixou para trás uma carreira promissora em biologia molecular para se tornar monge budista no Himalaia. Hoje, aos 78 anos, ele é uma figura internacional em questões de bem-estar e foi condecorado com a Ordem Nacional do Mérito da França por seu trabalho humanitário.
Em entrevista ao The New York Times, ele revelou as três práticas que considera essenciais para viver em harmonia consigo mesmo e com os outros.
1. Cultive emoções positivas por meio da meditação diária
O especialista afirmou que a meditação é o pilar central da sua felicidade. Ele a pratica duas vezes por dia há mais de 15 anos e, como explicou, essa prática não visa "desaparecer do mundo", mas sim treinar a mente para evitar ser arrastada por pensamentos negativos.
— Quando você está naquele momento de amor incondicional, esse sentimento preenche nossas mentes por 30 segundos, talvez um minuto, e então, de repente, desaparece. Todos nós já passamos por isso. A única diferença agora é cultivar esse sentimento de alguma forma. Faça com que ele permaneça um pouco mais. Tente ficar em silêncio com esse sentimento por 10, 20 minutos. Se ele desaparecer, tente trazê-lo de volta — explica.
Para ele, a meditação não é uma técnica complicada ou exclusiva de algumas pessoas, mas sim uma prática que pode ser realizada por qualquer pessoa que deseje habitar um estado de paz e amor por um período de tempo muito mais longo.
2. Aceite que a felicidade não é instantânea
Durante sua conversa com a mídia americana, o monge lembrou que, durante uma conferência na Índia, lhe perguntaram quais eram os supostos "três pontos" para alcançar a felicidade.
— Primeiro, não há segredo. Segundo, não existem apenas três pontos. Terceiro, leva uma vida inteira para alcançá-la, mas é a coisa mais valiosa que você pode fazer — aponta.
Com essas palavras, o homem queria deixar claro que a lógica do imediatismo que domina as novas gerações não leva as pessoas a um estado consciente de felicidade.
— Eu aproveito cada momento da vida, mas, claro, há momentos de extrema tristeza, especialmente quando você vê tanto sofrimento. Mas isso deve acender sua compaixão, e, se acender sua compaixão, você se move em direção a uma maneira de ser mais forte, mais saudável e mais significativa. É isso que eu chamo de felicidade. Não é como se você estivesse pulando de alegria o tempo todo. A felicidade é mais como o seu centro, onde você toca a base. É onde você chega depois dos altos e baixos, das alegrias e das tristezas — indica.
3. Liberte-se do controle das emoções negativas
Por fim, o especialista reconheceu que, embora se dedique à espiritualidade há anos, também tem momentos de frustração ou insegurança, como todo mundo. A diferença em relação aos outros é que ele aprendeu a não deixar que essas emoções o controlem.
— Melhorei minha capacidade de controlar meus pensamentos e emoções em vez de deixá-los me controlar. Às vezes, ando em frente ao espelho e tenho um momento extremo de autoaversão. Ou me preocupo com algo bobo, como encontrar uma vaga para estacionar. Essas reações algum dia desaparecerão? Sim. Claro que desaparecerão — comenta.

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