 
        Amazon: receita com nuvem cresce mais que o esperado e ações da empresa sobem após pregão
Uma semana após uma pane em sua divisão de nuvem, que deixou centenas de serviços globais fora do ar, a Amazon reportou em seu balanço nesta quinta-feira um crescimento da Amazon Web Services (AWS) que superou as expectativas analistas de Wall Street. As ações chegaram a subir cerca de 10% nas negociações após o fechamento do mercado, depois de encerrar o dia cotadas a US$ 222,86.
Só a receita da AWS teve um aumento de 20% em relação ao ano anterior, com ganhos que chegaram a US$ 33 bilhões. Foi o maior percentual de crescimento para essa base de comparação desde 2022.
“Continuamos a observar uma forte demanda por IA e infraestrutura essencial, e temos nos concentrado em acelerar a expansão da capacidade — adicionando mais de 3,8 gigawatts nos últimos 12 meses”, disse o CEO Andy Jassy, no comunicado.
Alívio aos investidores
O resultado foi recebido com certo alívio pelos investidores, que vinham preocupados com sinais de que a maior fornecedora de computação em nuvem poderia estar perdendo espaço para rivais como Google Cloud (da Alphabet) e Azure (da Microsoft).
Em seu comunicado aos investidores, a empresa fundada por Jeff Bezes informou que expandiu a presença da AWS por meio de um lançamento de uma nova região de data centers na Nova Zelândia, além de planos para inaugurar três novas regiões e mais dez zonas de disponibilidade de rede.
A companhia também celebrou ter firmado novos contratos da AWS com empresas como Delta Air Lines, Volkswagen, Fox, ServiceNow, Qantas Airways, lululemon, Live Nation, Perfplexity e até o U.S. General Services Administration, agência federal dos Estados Unidos.
As vendas totais da companhia chegaram a US$ US$ 180,2 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 13% ante os US$ 158,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O lucro operacional da Amazon ficou em US$ 17,4 bilhões no período, praticamente em linha com o resultado de um ano antes por conta de encargos fiscais.
A empresa teve um custo de US$ 2,5 bilhões com a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) e cerca de US$ 1,8 bilhão em gastos com demissões e rescisões contratuais. Sem esses efeitos, o lucro operacional teria sido de US$ 21,7 bilhões, informou.
Soluções com IA no foco
A empresa também mostrou aos investidores que está reforçando sua aposta em aplicações de IA ligadas ao varejo, já que aumentar a rentabilidade do setor tem sido um dos desafios do CEO Jassy. Por isso, a Amazon comunicou o lançamento neste trimestre do "Help me decide", um recurso com IA que ajuda os clientes a encontrar o produto certo usando atividades de navegação, buscas, histórico de compras e preferências.
A empresa também informou que está capacitando vendedores com ferramentas de IA de última geração, chegando por ora a mais de 1,3 milhão de vendedores independentes com esses mecanismos.
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