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Aliado de Lula, Paes indica aliança com o PL de Bolsonaro ‘por amor ao Rio’

25/10/2025 22:08 O Globo - Rio/Política RJ

Provável candidato a governador no ano que vem, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), sinalizou neste sábado a possibilidade de fazer uma aliança com o PL, partido do governador Cláudio Castro e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Paes é aliado do presidente Lula (PT), mas tenta ampliar o arco de apoios para assegurar o favoritismo num estado que deu vitórias a Bolsonaro nas duas eleições presidenciais que ele disputou.
Durante evento de filiação do deputado federal Luciano Vieira, ex-Republicanos, ao PSDB, o prefeito deu uma resposta indireta a declarações feitas nos últimos dias pelo presidente municipal do PL, Bruno Bonetti, que sugeriu que a sigla só apoia Paes se ele caminhar com Bolsonaro ou o candidato que o ex-presidente definir para a eleição presidencial.
— Alguém disse que essas especulações só teriam consequência se a gente fizesse uma dedicatória de amor a fulano ou beltrano. Eu não tenho dúvida de que vamos estar juntos, mas por um só amor. Por amor ao estado do Rio de Janeiro — disse, direcionado ao deputado federal Altineu Côrtes, presidente do PL no estado.
No Rio, o partido de Bolsonaro anda mais envolvido em movimentações para a eleição do Senado do que para a de governador. No momento, a direita está sem um candidato nítido, já que o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), acabou perdendo força nos últimos meses.
Paes e Castro, que no início do ano estavam em pé de guerra, passaram a ter conversas reservadas e a aparecer com mais frequência em solenidades da classe política, com direito a interações descontraídas. Eles chegaram a ventilar um acordo que passaria por um “pacto de não agressão”, algo que o prefeito só topa se o governador ficar até o fim do mandato e não disputar o Senado.
Na esquerda, apesar de o apoio a Paes por parte de partidos como PT, PSB e PDT ser considerado praticamente garantido, existem alas que se incomodam com os gestos do prefeito à direita. A tendência é que essas siglas, sobretudo o PT, passem por acirradas discussões internas no ano que vem.

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