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Venezuela realiza exercícios militares no litoral e fala em ameaça de 'operações secretas' dos EUA

25/10/2025 22:02 O Globo - Rio/Política RJ

A Venezuela realizou neste sábado uma série de exercícios para proteger a costa do país, diante da ameaça de “operações secretas” aprovadas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino. Era uma referência ao sinal verde dado pela Casa Branca para a CIA — a principal agência de inteligência americana — agir no país, e que foi acompanhado por declarações do republicano sobre possíveis ataques terrestres contra carteis de drogas. Trump acusa o líder venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar um desses grupos.
— Estamos realizando um exercício que começou há 72 horas, um exercício de defesa da costa (...) para nos protegermos não apenas das ameaças militares de grande porte, mas também do narcotráfico, das ameaças terroristas, para nos protegermos das operações secretas para desestabilizar internamente o país — afirmou Padrino.
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Os militares foram deslocados para regiões costeiras para a série de exercícios ordenada por Maduro, que na véspera disse que os Estados Unidos “estão inventando uma guerra” contra o país.
Os Estados Unidos posicionam, desde agosto, uma frota de navios, aeronaves de combate e um submarino de propulsão nuclear supostamente em uma operação contra o narcotráfico. Caracas, por sua vez, afirma se tratar de um plano para derrubar o governo. Desde o dia 2 de setembro, os americanos atacaram 10 barcos, acusados de serem usados para o transporte de drogas, deixando 43 mortos. Oito dos ataques foram no Caribe.
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Nas imagens da TV estatal, foram vistos militares em ação em nove estados da costa, além de um integrante das milícias voluntárias carregando um sistema de mísseis antiaéreos Igla-S no ombro.
Na sexta-feira, Padrino disse que “a CIA não está presente apenas na Venezuela, mas em todas as partes do mundo”.
— Podem empregar não sei quantos agentes da CIA em operações sigilosas em qualquer canto do país que essa tentativa fracassará — declarou.
Os EUA anunciaram que o porta-aviões USS Gerald Ford está se dirigindo ao Caribe para “reforçar” a operação contra “narcoterrorismo” na América Latina, na primeira vez em que a embarcação é empregada na região. Neste domingo, o navio de guerra USS Gravely chega a Trinidad e Tobago para exercícios conjuntos, que devem durar até semana que vem. Caracas questiona o apoio da nação caribenha à Marinha americana.

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