Vera Fischer reflete sobre envelhecer e recomeçar em nova peça
<p>BRASIL - Aos 74 anos, <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://imirante.com/entretenimento/sao-luis/2025/04/28/vera-fischer-fala-sobre-drogas-no-fantastico">Vera Fischer</a> volta aos palcos com uma personagem que dialoga diretamente com suas próprias vivências. Em&nbsp;O casal mais sexy da América, comédia romântica escrita por Ken Levine e dirigida por Tadeu Aguiar, a atriz interpreta Susan White, uma estrela veterana que reencontra um antigo parceiro de cena e revive dilemas sobre o amor, o tempo e a carreira.</p><p>A peça estreia nesta sexta-feira (24) no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, e marca mais um sucesso recente da atriz, que já percorreu 25 cidades e reuniu mais de 50 mil espectadores com o espetáculo.</p><h3>Uma história sobre reencontros e segundas chances</h3><p>Na trama, Susan White e Robert McAllister (interpretado por Leonardo Franco) foram o par romântico de uma série norte-americana de sucesso nos anos 1990. Trinta anos depois, os dois voltam a se encontrar durante o funeral de uma antiga colega de elenco.</p><p>No hotel onde o personagem de Vitor Thiré trabalha, os veteranos veem renascer a paixão secreta que mantinham no passado, enquanto discutem sobre as transformações da vida e os desafios do envelhecer no meio artístico.</p><p>“Quando fui ficando mais velha, depois dos 60 anos, senti que o cinema e a televisão deram uma esfriada. Na época, nem se falava em&nbsp;etarismo, mas já acontecia”, relembra Vera, que reconhece semelhanças entre a sua trajetória e a da personagem.</p><h3>Vera Fischer fala sobre beleza de envelhecer</h3><p>Apesar de tratar de temas sensíveis,&nbsp;O casal mais sexy da América é uma comédia leve e otimista. Para o diretor Tadeu Aguiar, o texto emociona sem perder o bom humor:</p><p>“A peça traz temas duros, mas com muita esperança. As pessoas com 60+ saem do teatro sentindo que a vida pode estar apenas no começo, que há amor, sexo e beleza no envelhecer.”</p><p>Vera compartilha da mesma visão “A minha felicidade como atriz é, de cima do palco, poder mexer um pouquinho com a vida das pessoas. Que o público pense: ‘Eu não acabei. Posso ver beleza na vida, posso fazer sexo, posso ser feliz’.”</p><h3>Entre o palco e a vida real de Vera Fischer</h3><p>Além de refletir sobre a passagem do tempo, a peça também discute a pressão estética, o assédio e as desigualdades no meio artístico, sobretudo para as mulheres. Símbolo de sensualidade durante décadas, Vera conta que precisou se reconciliar com sua própria imagem.</p><p>“Eu era muito mais infeliz, porque achava que as pessoas não se interessavam mais por mim. As pessoas ainda sugerem que eu faça plástica, botox, isso e aquilo, mas eu não tenho vontade”, diz a atriz. “Com o tempo, você se vê como é de verdade. Hoje me sinto muito bem resolvida, com minha aparência, minha sexualidade e meu trabalho.”</p><h3>Um novo tempo para Vera Fischer</h3><p>Solteira, serena e rodeada pelos dois gatos e muitas plantas em casa, Vera celebra a fase madura com mais paciência, autoconfiança e vontade de seguir criando.</p><p>“Eu nunca fiz um monólogo e tenho curiosidade. Quero experimentar, ver como me sinto sozinha em cena. E isso se pode fazer a qualquer momento, basta ter um bom texto”, afirma.</p><p>Entre o humor, a lucidez e a coragem de se reinventar, Vera Fischer prova que a maturidade pode, sim, ser o início de uma nova juventude.</p>
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