
‘Sem reis’: multidões tomam as ruas dos EUA em protestos contra Trump
Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (18) nos Estados Unidos e em várias cidades da Europa em protestos contra o governo de Donald Trump. As manifestações, reunidas sob o lema “No Kings” (“Sem reis”), aconteceram em mais de 2.600 localidades e já são apontadas como uma das maiores mobilizações populares desde o retorno do republicano à Casa Branca.Os atos, que também chegaram a Londres, Madri e Barcelona, cobram o fim do que organizadores chamam de uma “guinada autoritária” na condução do país. Entre as principais críticas estão as políticas de imigração e segurança, além de cortes de verbas para universidades e o uso crescente da Guarda Nacional em grandes centros urbanos.“Não temos reis”Em Washington, manifestantes se concentraram nas imediações do Cemitério Nacional de Arlington, próximo à área onde Trump pretende construir um arco monumental ligando o Memorial Lincoln ao rio Potomac.“Não há nada mais americano do que dizer ‘nós não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora do movimento progressista Indivisible, responsável pela organização nacional dos atos.
Leia Também:
Bolivianos vão às urnas para escolher próximo presidente
Clima de paz? China e EUA anunciam decisão após tarifaço
Ex-deputado filho de brasileiros recebe perdão de Trump e deixa prisão
Maduro coloca armas nas mãos do povo para enfrentar os EUA; entenda
Apoio político e força popularO movimento ganhou o apoio de nomes influentes como Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e Hillary Clinton, além de dezenas de celebridades. A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) mobilizou e treinou milhares de voluntários para atuar como monitores e evitar confrontos nas manifestações.Pesquisadores estimam que os atos deste sábado possam alcançar até 3 milhões de participantes, o que os colocaria entre os maiores protestos da história recente dos Estados Unidos.Reação republicanaEnquanto as ruas se enchiam de cartazes e vozes, republicanos reagiram com críticas duras. O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, classificou os protestos como “comícios antiamericanos”, rebatizando-os internamente como “Hate America rallies”.“Eles vão se reunir no National Mall para o que chamam de No Kings Rally. Nós preferimos o termo mais preciso: o comício do ódio à América”, declarou Johnson.Outros aliados de Trump foram além, acusando a oposição de estimular violência política, em referência ao assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, aliado do presidente, ocorrido em setembro.Trump minimizaO próprio Trump tentou de
Fonte original: abrir