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Primeiro-ministro da Malásia defende retorno de punições com chicote nas escolas; entenda

23/10/2025 12:04 O Globo - Rio/Política RJ

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, defendeu o regresso das punições físicas com varas nas escolas como forma de restaurar a disciplina entre os alunos, após uma série de casos de bullying e violência sexual que têm alarmado o país.
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De acordo com a agência estatal Bernama, o líder malaio explicou que a ideia não é uma nova proposta, mas uma opinião que já havia manifestado anteriormente. Ele ressaltou, porém, que a medida ainda não foi adotada como política oficial, nem há confirmação de que o Ministério da Educação esteja avaliando sua implementação.
— Em relação à flagelação, ela deve ser restabelecida, mas sob condições rigorosas e não de forma pública — afirmou Anwar, acrescentando que o tema deve ser amplamente debatido entre o governo, a Comissão de Direitos Humanos da Malásia e outras entidades envolvidas.
O premiê, que já foi professor, disse ter recorrido à prática em sala de aula.
— A surra podia ser feita com as mãos, mas não a critério de cada um. Eu usava a bengala, mas de forma controlada e nunca abusiva — declarou.
A proposta dividiu opiniões no país: enquanto grupos de direitos humanos condenam a punição física como forma de abuso infantil, pais e educadores mais conservadores defendem que ela pode ser eficaz se aplicada de maneira responsável.
Na semana passada, o governo também anunciou outras medidas para combater a violência escolar, como proibir o uso de smartphones por alunos menores de 16 anos e reforçar a presença policial nos colégios.
As ações ocorrem em meio à comoção nacional causada por dois casos graves recentes: a morte suspeita de uma menina de 13 anos vítima de bullying na ilha de Bornéu, e a prisão de quatro adolescentes acusados de estupro coletivo e divulgação do crime nas redes sociais.

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