
Polícia apreende bebidas adulteradas e dono de comércio é preso no RS
Polícia apreende bebidas adulteradas e dono de comércio é preso no RS
A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (10), o proprietário de um comércio de bebidas alcoólicas em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Durante a operação, agentes da Delegacia de Proteção aos Direitos do Consumidor (Decon) apreenderam 104 bebidas.
Segundo a polícia, 16 já tiveram a falsificação confirmada. Os produtos serão analisados pelo Instituto-Geral de Perícias para identificar a composição usada na adulteração. A ação faz parte da Operação Dose Letal, que combate falsificação de produtos alimentícios.
A investigação busca preservar a saúde pública, fiscalizando locais suspeitos de vender bebidas sem procedência, com preços muito abaixo do mercado ou com rótulos e lacres falsificados.
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De acordo com a delegada Milena Simioli, a operação acontece também por conta da preocupação nacional com bebidas falsificadas após casos graves envolvendo metanol.
“O uso dessa substância em bebidas é uma prática criminosa e representa um risco real à vida. Nosso papel é garantir que o consumidor tenha segurança no que consome, e que os responsáveis sejam responsabilizados com o rigor da lei”, afirmou.
A Polícia Civil realizou uma série de orientações para a população:
Compre bebidas apenas em locais confiáveis.
Verifique lacres, rótulos e notas fiscais.
Desconfie de preços muito baixos.
Em caso de suspeita, não consuma e avise as autoridades.
O primeiro caso no estado de intoxicação por metanol após consumo de destilado foi confirmado na quarta-feira (8). É um homem, de 42 anos, que teria consumido caipirinhas com vodka em um bar de São Paulo e voltou a Porto Alegre, onde reside. O consumo da bebida ocorreu em 26 de setembro e o homem foi internado no dia 30 no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Ele já teve alta.
Agora, há cinco casos em investigação: em Torres, Bento Gonçalves, Passo Fundo, Novo Hamburgo e um em Porto Alegre.
🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.
A população pode colaborar com informações pelos canais da Polícia Civil, Procon e Vigilância Sanitária. As denúncias são sigilosas, pelo telefone 0800 510 2828.
Homem foi preso e bebidas apreendidas
Divulgação/Polícia Civil
Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano.
Arte/g1
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