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Novas câmeras inteligentes da Prefeitura do Rio poderão identificar carros roubados e pessoas desaparecidas; entenda

23/10/2025 07:30 O Globo - Rio/Política RJ

As supercâmeras inteligentes anunciadas nesta quarta-feira pela Prefeitura do Rio terão capacidade de identificar até três mil situações simultâneas em segundos. O sistema, descrito como o maior parque tecnológico de monitoramento do país, utiliza inteligência artificial para analisar imagens em tempo real. Segundo a prefeitura, enquanto um operador humano consegue perceber simultaneamente até três irregularidades — como um veículo em alta velocidade, uma moto sobre a calçada e um carro na contramão —, a nova tecnologia é capaz de identificar milhares de ocorrências em questão de segundos, mesmo sem a necessidade de uma pessoa monitorando as imagens.
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A tecnologia também poderá ser usada em investigações criminais, já que, com base nas imagens captadas, o sistema consegue rastrear veículos ou pessoas a partir de características visuais, como a cor da roupa ou um acessório específico. Além disso, é possível, ainda de acordo com a prefeitura, realizar buscas biométricas com base em bancos de dados oficiais, identificando se determinada pessoa passou por uma área monitorada.
A medida faz parte da expansão do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (Civitas). De acordo com o prefeito Eduardo Paes, a tecnologia marca uma virada na vigilância pública da cidade. Até agora, 652 câmeras já foram instaladas, e o objetivo é chegar a três mil em dezembro — a meta são 15 mil supercâmeras até 2028. As câmeras ainda estão em fase de teste e devem começar a operar a no primeiro semestre do ano que vem.
Como funcionam as novas câmeras
Editoria de Arte
— Lamento pelas pessoas que cometem irregularidades e crimes, mas a vida de vocês vai virar um inferno — disse Paes, ontem, no Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio), reforçando que a plataforma só atuará mediante pedidos oficiais das forças de segurança. — Esse é um instrumento para auxiliar as forças de segurança. A análise em tempo real é uma novidade e permite uma atuação mais ágil. Essas câmeras já estão sendo instaladas pela prefeitura. Vai ser difícil um carioca entrar em uma grande via da cidade sem que esteja sendo observado por uma dessas câmeras.
Fiscalização urbana
O prefeito ressaltou que a tecnologia não servirá apenas ao combate à criminalidade, mas também à fiscalização urbana:
— Você que joga entulho, que anda de moto na calçada ou dirige na contramão: nós vamos estar de olho em vocês. Esse parque tecnológico vai permitir que a “babá malvada” funcione, identifique e puna.
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A prefeitura também começará a instalar pórticos digitais nas entradas e vias movimentadas da cidade, como a Avenida Presidente Vargas. Estas estruturas farão leitura de placas e características de veículos em todas as entradas e saídas do Rio.
O investimento no projeto é de cerca de R$ 180 milhões por ano, viabilizado por meio da parceria público-privada com a Smart Luz.
— O que buscamos é empregar a inteligência artificial na leitura das imagens para observar fenômenos comuns à dinâmica de crimes. E isso pode ser ajustado conforme as características de cada região — explicou o chefe executivo da Civitas, Davi Carreiro.

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