 
        Mijão, Diabo Loiro e Caipira: quem são alguns dos traficantes mais procurados do país alvos de operação contra o PCC
O Ministério Público de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira uma operação que tem como alvo um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo nomes do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão, sendo três para criminosos que já estavam no sistema penitenciário. Além deles, quatro foram localizados e dois estão foragidos. Entre os alvos estavam alguns dos traficantes mais procurados do Brasil, como Álvaro Daniel Roberto, o Caipira, Eduardo Magrini, o Diabo Loiro, e Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão. 
Saiba quem é Caipira: alvo de operação contra alta cúpula do PCC em São Paulo
'Diabo Loiro': quem é Eduardo Magrini um dos alvos da operação do MP contra lavagem de dinheiro do PCC
Álvaro Daniel Roberto, conhecido como Caipira, é acusado de comandar um núcleo que enviava cocaína para a Europa usando rotas que partiam do Paraguai, Bolívia e Peru. Ele foi denunciado com outras 20 pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas e associação para o financiamento ao tráfico. Ele controlava o envio de entorpecentes a partir de São Paulo. Foi preso em 2013 em Fortaleza (CE), mas obteve transferência para Juiz de Fora (MG).
O investigado fugiu da prisão em 2014.  De acordo com a polícia, Caipira, que já teve ligações com o megatraficante Juan Carlos Abadia, não foi localizado.
Diabo Loiro
Eduardo Magrini, o Diabo Loiro, é suspeito de participar dos ataques da facção cometidos em São Paulo no ano de 2006. Ele tem passagens criminais por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso.
Nas redes sociais, Magrini se apresenta como produtor rural e "influencer digital". Nas imagens, ele aparece montando cavalos, ao lado de caminhões e carros de luxo ou em eventos de rodeio. O Diabo Loiro também aparece em fotos em países da Europa, como França e Itália. Em outras publicações, o suspeito ostenta armas em um estande de tiros de Campinas.
Em 2012, Magrini foi preso em flagrante por tráfico de drogas, na altura do km 65 da rodovia Dom Pedro I, em Bom Jesus dos Perdões. Os policiais haviam sido alertados por uma denúncia de que o "Diabo Loiro" iria passar na rodovia com um carregamento de drogas. No porta-malas, os policiais encontraram dois tijolos de cocaína e outros dois de maconha. Na época, Magrini dizia trabalhar com "compra e venda de cavalos". Ele foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão.
Segundo as autoridades, Magrini seria um dos envolvidos nos ataques do PCC ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo em 2006. Magrini teria atuado também na "sintonia FM", setor que administra pontos de venda de droga da facção.
 Sérgio Mijão
Conhecido como Mijão, ele é considerado um nome do alto escalão da facção criminosa e está foragido na Bolívia, onde leva uma vida de luxo. Os filhos de Mijão também constam entre os alvos da operação, assim como Eduardo Magrini, o Diabo Loiro.
Mijão é apontado como integrante da sintonia final do PCC e figura na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça. Ele é acusado de envolvimento em planos para matar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas.
Mijão e outros envolvidos, segundo a Promotoria, teriam financiado e providenciado a aquisição de veículos e de armamento e a contratação de operadores para a execução de uma emboscada ao promotor.
Foragido, Mijão vive escondido na Bolívia, onde atua como negociador para comprar cocaína e pasta-base e enviar ao Brasil. Ele é responsável pela logística da droga.
Para viver no país vizinho, Mijão contou com uma rede de falsificadores de documentos que o ajudaram ficar em liberdade sob uma identidade falsa, de nome Sérgio Noronha Filho. O esquema, que também beneficiaria outros traficantes, envolvia "pessoas com vínculos institucionais", segundo a Agência Boliviana de Informações.
O Fantástico, da TV Globo, teve acesso em setembro deste ano a imagens de casas de luxo que ele ocupou nos últimos dez anos com parentes em Santa Cruz de La Sierra. De acordo com a reportagem, Mijão já morou em pelo menos seis mansões na cidade boliviana. Numa delas, tinha aluguel de quase R$ 30 mil, por mês; em outra, usufruía de quadra de tênis e de futebol, três piscinas e até um lago. Em janeiro deste ano, ele apareceu numa foto postada pelo enteado num empreendimento de alto padrão que conta com um lago artificial.
Operação 
Segundo a Polícia Militar, uma pessoa foi morta e um policial ficou ferido durante a operação. Foram expedidos 9 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão. A Justiça também autorizou o bloqueio de 12 imóveis de luxo e dos valores existentes nas contas bancárias dos envolvidos.
A ação desta quinta-feira é um desdobramento de outras duas operações: a Linha Vermelha e a Pronta Resposta. A primeira mirava crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de nomes liga
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