 
        Cláudio Castro ganha mais de 800 mil novos seguidores nas redes após operação no Rio
Com ao menos 121 pessoas mortas, sendo quatro policiais, a megaoperação das polícias Civil e Militar contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, fez o governador Cláudio Castro (PL) conquistar mais de 800 mil seguidores nas redes sociais. Antes da ação, o político contava com cerca de 460 mil seguidores no Instagram, enquanto na manhã desta sexta-feira o número já ultrapassa 1,3 milhão.
Videoconferência com governadores: Tarcísio elogia operação de Castro e defende equiparação de facções a terrorismo
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Na quarta-feira, o líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), chegou a parabenizar Castro "pelos 366 mil novos seguidores". "Esta é uma prova que a população está ao seu lado, governador", escreveu o parlamentar.
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Castro classificou a operação como um "sucesso", e chegou a afirmar que "de vítimas lá, só tivemos os policiais":
— Mais uma vez, queria me solidarizar com as famílias dos nossos quatro guerreiros que ontem deram a vida para libertar a população. Aquelas foram as verdadeiras quatro vítimas que tivemos ontem. De vítima ontem lá, só tivemos os policiais e eu rogo a Deus pela vida desses policiais e pelo conforto às suas famílias — acrescentou. — Tirando a vida dos policiais, o resto, a operação foi um sucesso.
Um levantamento feito para o GLOBO pela consultoria Ativaweb a partir das plataformas da Meta (Facebook e Instagram), do TikTok e do YouTube, divulgado nesta quinta-feira, demonstrou que a megaoperação foi descrita positivamente em 50,1% dos posts feitos sobre o assunto nos estados do RJ, SP, MG, DF e BA. Outros 39,2% dos posts tiveram viés negativo, com críticas à condução da operação e à escalada da violência no estado, e 10,7% foram neutros.
A repercussão nas redes sociais reforça a percepção de que a megaoperação ajudou a reorganização do discurso de representantes da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após sinais de desalinhamento nas últimas semanas. 
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também haviam ficado na defensiva após a repercussão negativa da PEC da Blindagem, que foi apoiada pela bancada bolsonarista na Câmara, mas depois enterrada pelo Senado diante de manifestações populares.
Um outro levantamento, realizado pelo Instituto Democracia em Xeque e divulgado em reportagem do GLOBO, mostrou que entre terça e quarta-feira os perfis de direita totalizaram 57 milhões de interações em cinco plataformas (Facebook, Instagram, X, Youtube e TikTok). O número representa mais do que o triplo das 17 milhões angariadas pelo campo denominado “progressista”.
Debate sobre a operação nas redes
Editoria de arte
'Consórcio da paz'
Os governadores presidenciáveis de direita Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, acenaram com apoio à operação e, no caso dos dois últimos, usaram o episódio para criticar o governo federal. Tarcísio, por sua vez, direcionou suas declarações aos elogios à atuação de Castro e à defesa do endurecimento da legislação.
Na noite desta quinta-feira, o governador do Rio anunciou a criação de um "consórcio da paz" junto a governadores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O encontro, realizado no Palácio Guanabara, serviu de plataforma para cobranças ao governo Lula na área de segurança, em meio à tentativa do Planalto de acelerar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso, pauta criticada pelos gestores de direita.
Além de Caiado e Zema, estiveram na reunião os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP); e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). O governador de São Paulo participou por videoconferência.
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