
Mãe de advogada que salvou a família de apartamento em chamas acordou e está conversando, diz amiga
A mãe de Juliane Vieira, a advogada de 28 anos que entrou em um apartamento em chamas para resgatar a família, já acordou e está conversando, de acordo com uma amiga da vítima. Sueli Vieira dos Reis, de 51 anos, está internada no Hospital São Lucas, em Cascavel (PR), havia sido extubada nessa segunda-feira (20), e não está mais com suporte de ventilação mecânica.
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Segundo Alanna Koerich, amiga de infância de Juliane, que viajou de São Paulo para o Paraná para acompanhar a evolução do quadro hospitalar da família e prestar apoio, Sueli está debilitada, mas já está conversando.
— A mãe da Ju já acordou. Ela está conversando, não está mais intubada. Ela não deve passar por nenhum procedimento cirúrgico. A questão agora é acompanhar as vias aéreas. Ela respirou muita fumaça no apartamento. Ela tirou o tubo ontem, após cinco dias. Agora o acompanhamento também é para ver se não houve nenhum ferimento relacionado — contou.
Sueli teve queimaduras no rosto, nos braços e pernas e inalou fumaça. Ela também teve as vias respiratórias queimadas.
Primo de Juliane, o menino Pietro, de 4 anos, também já foi extubado e parou de receber sedativos.
— A Ana Carolina (mãe de Pietro e prima de Juliane, que também morava no apartamento incendiado) está assustada, mas tem pessoas da família do menino acompanhando ela, e ele está bem. Fizeram alguns exames do pulmão, e acredito que já tenha sido feito algum procedimento, pois ele tinha queimaduras de terceiro grau, mas parece que ele não precisou de enxertos — afirmou.
Juliane Vieira teve 63% do corpo queimado, e segue intubada e sedada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina. Segundo Alanna, o quadro dela apresentou leve instabilidade.
— Conversei com o médico, e não teve muita diferença no quadro dela. Eles se limitam a nos passar o essencial, mas hoje tentei ir mais fundo e descobri que eles precisam estabilizar a pressão dela, para poder fazer os procedimentos, como retirada da pele morta e enxerto. Como a extensão da queimadura dela é muito grande, eles ainda não tem como pegar a pele dela para o enxerto. Os médicos têm que esperar a pele dela cicatrizar, enquanto isso eles vão controlando o quadro dela para ela não ter uma infecção — detalhou.
Como aconteceu o incêndio
O incêndio começou na manhã de quarta-feira (15), em um apartamento no 13º andar de um prédio localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Segundo apuração da RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi percebido por operários de uma obra vizinha, que alertaram o porteiro do condomínio. O funcionário então avisou os moradores, desligou o gás e a energia e acionou o alarme de incêndio.
Segundo a RPC, no momento do incêndio, estavam no apartamento Juliane, a mãe e o primo. Todos dormiam quando o fogo começou. A prima de Juliane, mãe da criança, havia saído para ir à academia e não estava no local. O cachorro da família também sobreviveu sem ferimentos.
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