Lula assina Projeto de Lei Antifacção e envia ao Congresso
<p>BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (31), o projeto de lei Antifacção para ser encaminhado ao Congresso Nacional ainda hoje em regime de urgência.</p><p>A Secretaria de Comunicação do governo confirmou a informação nesta tarde à imprensa, havendo apenas “pequenos ajustes de redação” ao texto que foi elaborado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.</p><h2>Lei Antifacção quer aumentar penas de criminosos</h2><p>A proposta é levada ao Legislativo depois dos resultados da Operação Contenção, que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro.&nbsp;</p><p>Conforme havia sido informado&nbsp;pelo ministro da Justiça e Segurança Pública,&nbsp;Ricardo Lewandowski, a proposta inclui agravar a pena para lideranças e integrantes de organizações criminosas.</p><p>Os condenados pelo crime de "organização criminosa qualificada", que passaria a ser um novo tipo penal, poderão receber a pena de 30 anos de prisão.</p><h2>Banco de dados nacional para combater facções</h2><p>O texto prevê ainda a criação de um banco de dados nacional para ter uma espécie de catálogo de informações dessas facções com a finalidade de reunir informações estratégicas para investigação e rastreamento desses grupos.&nbsp;</p><p>Outro ponto é adotar ações para diminuir os recursos financeiros das facções de maneira mais rápida.</p><p>Um exemplo&nbsp;seria a apreensão de bens, direitos ou valores do investigado, inclusive durante o curso do inquérito ou quando houver suspeita de que sejam produtos ou instrumento de prática de crimes.</p><h2>Infiltração de policiais no crime</h2><p>Outra ação prevista pela proposta é a de infiltração de policiais e colaboradores na organização criminosa durante a investigação e até a possibilidade de criar pessoas jurídicas fictícias para facilitar a infiltração na organização criminosa</p><p>O projeto de lei ainda apresenta outra possibilidade, durante a investigação, ao autorizar o monitoramento dos encontros realizados entre presos provisórios ou condenados integrantes de organização criminosas.</p><h2>Penas de prisão na Lei Antifacção</h2><p>A proposta&nbsp;defende&nbsp;a necessidade de aumento de pena da organização criminosa simples, de 3 a 8 anos de prisão para de 5 a 10 anos.&nbsp;O agravamento ainda maior (de dois terços ao dobro) das penas ocorreria nos casos do tipo penal caracterizado como&nbsp; “organização criminosa qualificada”.&nbsp;</p><p>Entre os exemplos dessa característica, estão nos casos em que ficar comprovado o aliciamento de criança ou adolescente para o crime, ou mesmo quando a ação for funcionário público. Outra “qualificação” do crime organizado pode ser entendida&nbsp;nos casos de exercício de domínio territorial ou prisional pela organização criminosa.</p><p>São ainda situações de agravamento de pena o uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido e quando houver morte ou lesão corporal de agente de segurança pública. Pelo projeto, o crime tipificado como de organização criminosa qualificada passa a ser considerado hediondo, ou seja, inafiançável.</p><h2>Domínio territorial pelo crime organizado</h2><p>O domínio territorial pelo crime organizado ocorre, conforme exemplifica o ministro da Justiça, em comunidades dominadas por facções, o que deixa os moradores&nbsp;vulneráveis.&nbsp;</p><h2>Banco de dados do crime organizado deve ter o máximo de detalhes</h2><p>Em relação ao banco de dados,&nbsp;a intenção é ter o máximo de detalhes, inclusive até o DNA das pessoas envolvidas com o crime organizado.</p><h2>Lula defende tramitação rápida da Lei Antifacção</h2><p>O presidente Lula usou as redes sociais para defender a&nbsp;proposta.</p><p>"O projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções", explicou o presidente.</p><p>Lula entende que a proposta do Executivo garante instrumentos que blindam os órgãos públicos da atuação de membros desse tipo de organizações criminosas.</p><h2>Lula defende aprovação da PEC da Segurança Pública</h2><p>Ele aproveitou para argumentar também a favor da PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso em abril, em vista da possibilidade de&nbsp;ações integradas entre os órgãos federais, estaduais e municipais no combate aos criminosos.&nbsp;</p><p>"As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder. Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar".&nbsp;</p><p>Ele pediu ao Congresso que a tramitação seja rápida dos projetos. "As famílias bra
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