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Inflação acumulada dos alimentos é a menor desde setembro de 2024

26/10/2025 23:44 Imirante - Política

<p>RIO DE JANEIRO - A prévia da inflação oficial no país mostra que, em outubro, o preço de alimentos e bebidas caiu 0,02%, em média. O resultado representa o quinto mês seguido de deflação (inflação negativa). De junho a outubro, os alimentos e bebidas ficaram 0,98% mais baratos.</p><p>Os dados foram apurados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador apontou desaceleração para 0,18%, uma vez que tinha alcançado 0,48% em setembro.</p><p>O IBGE mostra que, de setembro de 2024 a maio de 2025, os alimentos e bebidas apresentaram nove meses seguidos de alta, influenciados por fatores como questões climáticas, que prejudicaram a safra. Desde então, sucederam-se cinco recuos:</p><ul><li>Outubro: -0,02%</li><li>Setembro: -0,35%</li><li>Agosto: -0,53%</li><li>Julho: -0,06%</li><li>Junho: -0,02%</li></ul><h2>Acumulado da inflação em 12 meses</h2><p>Com a sequência de quedas, o acumulado de 12 meses da inflação de alimentos marca 6,26% em outubro. Esse patamar fica acima da inflação geral apurada pelo IPCA-15 (4,94%) no período.</p><p>No entanto, é o menor desde setembro de 2024, quando registrava 5,22%. Desde então, a variação chegou a marcar 8,02% em maio de 2025. Em setembro de 2024, o acumulado era de 7,21%.</p><p>O IPCA-15 apura a variação média do custo de 377 produtos e serviços que fazem parte da cesta de compras do brasileiro que ganha até 40 salários mínimos. Os alimentos e bebidas são a parcela mais representativa dessa cesta, respondendo por 21,63% do índice.</p><p>Observando especificamente a alimentação no domicílio, que exclui gastos com lanches, refeições e cafezinho na rua, a inflação marcou -0,10% em outubro e 5,47% no acumulado de 12 meses, menor patamar desde agosto de 2024, quando ficou em 4,19%.</p><h2>Inflação dos alimentos em outubro</h2><p>No IPCA-15 de outubro, os itens que mais pesaram para a queda dos alimentos foram:</p><ul><li>Cebola (-7,65%)</li><li>Ovo de galinha (-3,01%)</li><li>Arroz (-1,37%)</li><li>Leite longa vida (-1%)</li></ul><p>Cada um desses recuos representa 0,01 p.p. no índice.</p><p>Na cesta de produtos, quatro subitens tiveram quedas de preço na casa de dois dígitos:</p><ul><li>Pepino: -24,43%</li><li>Abobrinha: -20,80%</li><li>Morango: -15,63%</li><li>Peixe castanha:  -12,68%</li></ul><p>Apesar da variação, o peso desses itens no total do índice não supera 0,01 ponto percentual.</p><p>No intervalo de 12 meses, as maiores quedas foram da batata-inglesa (-39%), feijão preto (-32%), cebola (-27%) e pepino (-27%).</p><p>Na outra ponta, estão as altas do café moído (53%), abobrinha (43%) e pimentão (36%).</p><p>Veja o comportamento de outros itens no mês:</p><ul><li>Tubérculos, raízes e legumes: -2,17%</li><li>Hortaliças e verduras: -1,87%</li><li>Cereais, leguminosas e oleaginosas: -1,24%</li><li>Pescados: -0,98%</li><li>Leites e derivados: -0,66%</li><li>Aves e ovos: -0,51%</li><li>Carnes e peixes industrializados: -0,24%</li><li>Carnes: -0,05%</li><li>Bebidas e infusões: 0,01%</li><li>Enlatados e conservas: 0,22%</li><li>Panificados: 0,23%</li><li>Frutas: 2,07%</li><li>Óleos e gorduras: 2,18%</li></ul><h2>Safra recorde contribui com queda da inflação</h2><p>Para o economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados, Felipe Queiroz, o resultado de outubro é bastante positivo e aponta para uma convergência rumo ao centro da meta de inflação, estipulada pelo governo em 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, até 4,5%.</p><p>Queiroz destaca o comportamento dos preços dos alimentos. “Tendo em vista a importância que a alimentação possui no orçamento familiar, especialmente das famílias de menor renda, o resultado de outubro é bastante animador por conta da queda de produtos essenciais como o arroz, o leite, os ovos e a cebola”, diz.</p><p>Para o representante da associação de supermercados do maior estado do país, que reúne mais de 4,5 mil estabelecimentos comerciais, a expectativa é que a inflação mantenha a tendência de desaceleração nos próximos meses.</p><p>“Nós temos uma safra recorde de grãos, o que deve contribuir com a queda de itens básicos da cesta dos consumidores”, cita.</p>

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