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Haddad critica atuação de Castro em relação a fraudes com combustíveis: 'Governador tem feito praticamente nada'

29/10/2025 11:39 G1 - Política

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (29) que o Ministério da Fazenda e o governo federal têm atuado contra o crime organizado "na fonte", e criticou a atuação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na prevenção a fraudes com combustíveis.
As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda, a jornalistas.
"Eu penso que o governador [do Rio de Janeiro] poderia nos ajudar em relação a isso. O governo do estado do Rio tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustíveis, que é como você irriga o crime organizado. Para você pegar o andar de cima do crime organizado, que é quem efetivamente tem o dinheiro na mão, e municia as milícias, tem de combater de onde esta vindo o dinheiro", afirmou o ministro Haddad a jornalistas.
Ele afirmou, ainda, que o Ministério da Fazenda está "atuando forte" no Rio de Janeiro contra o crime organizado ao reprimir o seu financiamento por meio da fraude com combustíveis. Ele lembrou que foram apreendidos quatro navios recentemente, e declarou que está havendo uma 'guerra jurídica" para liberação dessas mercadorias.
"O dinheiro, no caso do Rio de Janeiro, todo mundo sabe que está vindo do contrabando de combustível, da fraude tributária, da simulação de refino, da distribuição de combustível batizado. Penso que o governador deveria acordar para esse problema, que é crônico no Rio de Janeiro, e nos ajudar a combater o andar de cima. Porque quando o dinheiro esta irrigando o crime, é muito difícil você, na ponta, conseguir controlar. Tem de controlar pelo alto, asfixiar o crime. Ele, sem dinheiro, tem pouca capacidade de atuação", disse o ministro da Fazenda.
Haddad afirmou, também, que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, "precisa acordar para esse problema crônico", e defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública para impor aos governadores, ao presidente da República, à Receita e à Polícia Federal, além do Ministério Público estadual, uma integração. "Assim vamos conseguir combater o crime organizado", concluiu.
- Esta reportagem está em atualização.

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