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Furacão Melissa atinge categoria 5, com ventos de 260 km/h, e deixa países do Caribe em alerta

27/10/2025 14:45 O Globo - Rio/Política RJ

Países da região do Caribe estão em estado de alerta com a chegada do furacão Melissa, que nesta segunda-feira se intensificou rapidamente ao se aproximar da costa da Jamaica, atingindo a categoria 5 — maior classificação na escala do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), com ventos de 260 km/h. Ao menos quatro pessoas morreram em três países diferentes por fenômenos relacionados ao fenômeno climático, 13ª tempestade nomeada nesta temporada de furacões do Atlântico, que vai do início de junho até o final de novembro.
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"Os ventos destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na Jamaica ao longo do dia e durante a noite", advertiram os meteorologistas do NHC em um boletim divulgado na manhã desta segunda-feira. O monitoramento americano indicava que o Melissa estava a quase 210 km ao sudoeste de Kingston, a capital da Jamaica, e 500 km ao sudoeste da baía de Guantánamo, em Cuba, por volta das 06h em Brasília.
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A previsão dos meteorologistas é de que o furacão corte o território jamaicano ainda nesta segunda, e que provoque quase um metro de chuva, em Kingston, no Haiti e na República Dominicana. A força do fenômeno é apenas parte do motivo de preocupação dos cientistas, que apontam que o deslocamento lento da tempestade pode fazer com que as áreas em sua trajetória enfrentem condições adversas por mais tempo.
Em Kingston, o ministro do Governo Local da Jamaica, Desmond McKenzie, afirmou que abrigos contra tempestades foram abertos em todo o país, enfatizando que "não se pode apostar contra o Melissa". As autoridades ordenaram a saída dos moradores de diversas áreas costeiras da nação insular, após o Serviço Meteorológico da Jamaica prever uma maré ciclônica de até quatro metros ao longo da costa sul do país. O aeroporto internacional de Kingston foi fechado na noite de sábado, assim como todos os portos.
— [Os habitantes das áreas afetadas] devem permanecer abrigados em suas casas por dois ou três dias, ou até mais tempo para as populações que ficarão isoladas pelas inundações catastróficas — afirmou o vice-diretor NHC, Jamie Rhome. — [As condições na Jamaica] vão piorar muito rapidamente nas próximas horas.
Furacão Melissa traz ventos fortes e mar agitado para a Jamaica
Registros históricos apontam que o Melissa pode ser o pior furacão da História da Jamaica. Segundo os registros do NHC, que datam de 1850, o pior furacão que atingiu o país chegou à categoria 4, e isso aconteceu há 37 anos — o furacão Gilbert, que em 1988 ficou conhecido na ilha como "Gilbert Selvagem", por seus ventos máximos sustentados de 209 km/h. À época, cerca de 500 mil pessoas — um quinto da população do país— ficou desalojada, e 45 pessoas morreram.
Desde a virada do século, três furacões de categoria 4 passaram perto o suficiente para causar danos financeiros relevantes na ilha. O furacão Beryl, em 2024, atingiu a costa sul, causando mais de US$ 200 milhões em danos. Em 2007, foi o furacão Dean que deixou para trás cerca de US$ 300 milhões em destruição. O furacão Ivan, em 2004, provocou 17 mortes e quase US$ 600 milhões em danos.
Em agosto de 1951, o furacão Charlie atingiu a Jamaica e foi considerado na época o "pior desastre de furacão do século" no país, de acordo com um relatório federal, matando 152 pessoas, ferindo 2 mil e deixando 25 mil moradores desabrigados.
Carro passa por rua alagada em Kingston, na Jamaica: previsão é de até 1 metro de chuva
Ricardo Makyn/AFP
Autoridades de pelo menos cinco países — Haiti, Jamaica, República Dominicana, Cuba e Bahamas — se apressaram no domingo para retirar moradores de áreas baixas em preparação para as esperadas chuvas recordes que devem ser trazidas pelo Melissa. O sudoeste do Haiti e partes da Jamaica estavam se preparando para inundações repentinas e deslizamentos de terra "catastróficos".
Três pessoas morreram no Haiti e uma na República Dominicana desde a semana passada, em incidentes relacionados. Em Porto Príncipe, as mortes foram confirmadas após um deslizamento de terra perto da capital, enquanto um idoso de 79 anos foi arrastado pela água em um riacho no outro lado da fronteira. Um menino de 13 anos está desaparecido em território dominicano.
Além das inundações, as autoridades se preparam para que os ventos destrutivos causem "danos significativos a infraestruturas", bem como "cortes prolongados de eletricidade e das comunicações".
Em Cuba, que luta para manter a eletricidade funcionando mesmo em condições de tempo seco, as autoridades estavam limpando ruas para evitar entupimentos de bueiros e a projeção de detritos, podando árvores e removendo semáforos, enquanto as comunidades costeiras recebiam ordens de evacuação. Seis províncias estavam sob alerta de furacão.
Pessoas compram alimentos antes da chegada do furacão Melissa a Santiago de

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