Flávio Bolsonaro reage a aproximação de Paes com o PL para eleição de 2026: 'Não fui consultado'
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a aproximação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), com o PL, partido do governador Cláudio Castro e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Paes é aliado do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Bolsonaro.
Política: Aliado de Lula, Paes indica aliança com o PL de Bolsonaro ‘por amor ao Rio’
Sonar: Bolsonaristas comemoram vitória de Milei em eleição legislativa na Argentina: 'Direita com força total'
"Não fui consultado e acredito que o eleitor de direita no Rio, o mais importante para uma decisão dessa, também não foi. Alguém me explica como dá pra ser palanque de Bolsonaro e Luiz ao mesmo tempo? Ser contra e a favor de traficante? Ser contra e a favor de aborto?", escreveu o senador em seu perfil no X, antigo Twitter.
Flávio acrescentou que o partido está "testando alguns nomes fortes para a disputa ao governo do RJ".
Initial plugin text
No sábado, Paes sinalizou sobre a possível aliança com o PL ao falar no evento de filiação do deputado federal Luciano Vieira, ex-Republicanos, ao PSDB. A declaração foi uma resposta indireta ao presidente municipal do PL, Bruno Bonetti, que sugeriu que a sigla só apoia Paes se ele caminhar com Bolsonaro ou o candidato que o ex-presidente definir para a eleição presidencial.
— Alguém disse que essas especulações só teriam consequência se a gente fizesse uma dedicatória de amor a fulano ou beltrano. Eu não tenho dúvida de que vamos estar juntos, mas por um só amor. Por amor ao estado do Rio de Janeiro — disse, direcionado ao deputado federal Altineu Côrtes, presidente do PL no estado.
No Rio, o partido de Bolsonaro anda mais envolvido em movimentações para a eleição do Senado do que para a de governador. No momento, a direita está sem um candidato nítido, já que o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), acabou perdendo força nos últimos meses.
Paes e Castro, que no início do ano estavam em pé de guerra, passaram a ter conversas reservadas e a aparecer com mais frequência em solenidades da classe política, com direito a interações descontraídas. Eles chegaram a ventilar um acordo que passaria por um “pacto de não agressão”, algo que o prefeito só topa se o governador ficar até o fim do mandato e não disputar o Senado.
Na esquerda, apesar de o apoio a Paes por parte de partidos como PT, PSB e PDT ser considerado praticamente garantido, existem alas que se incomodam com os gestos do prefeito à direita. A tendência é que essas siglas, sobretudo o PT, passem por acirradas discussões internas no ano que vem.
Fonte original: abrir