
Ferrari anuncia plano de motores até 2030 e promete manter emoção mesmo na era elétrica
A Ferrari apresentou seu plano de eletrificação e expansão até 2030, prometendo equilibrar tradição e inovação sem perder o DNA esportivo que a consagrou. De acordo com a marca do cavalo rampante, a estratégia prevê o lançamento de quatro novos carros por ano entre 2026 e 2030, com uma linha de produtos dividida entre 40% de modelos a combustão, 40% híbridos e 20% elétricos — incluindo o aguardado Elettrica, o primeiro veículo totalmente elétrico da história da Ferrari.
Como será o Ferrari Elettrica, o primeiro carro 100% elétrico da marca italiana
O movimento reflete a ambição da empresa em se adaptar à nova era da mobilidade, mantendo o foco no luxo e na exclusividade.
— Não somos uma empresa automotiva, somos uma empresa de luxo que também fabrica carros declarou o CEO Benedetto Vigna, destacando o novo posicionamento da marca.
Com 180 mil proprietários e uma base de mais de 400 milhões de fãs (“tifosi”) pelo mundo, a Ferrari reforça sua presença não apenas nas pistas e estradas, mas também no universo do lifestyle de luxo. A marca tem investido em lojas conceito — como o espaço de três andares em Milão — e prepara novas unidades em Londres e Nova York, consolidando-se também no mercado da moda.
Mesmo diante de desafios econômicos e tarifas internacionais, a Ferrari mantém uma demanda sólida. — Nossos clientes não são tão afetados por aumentos de preço. O poder de precificação da Ferrari é muito forte — afirmou Dario Esposito, gerente de comunicação corporativa da empresa.
Segundo Esposito, o foco é dar liberdade de escolha aos clientes, conciliando inovação com o respeito às origens.
— Alguns querem manter a Ferrari exatamente como ela é; outros só comprarão quando houver um modelo elétrico. O importante é que uma Ferrari sempre será uma Ferrari, mesmo com um motor elétrico — explicou.
O mercado norte-americano continua sendo um dos pilares da montadora, com compradores dos Estados Unidos representando uma fatia significativa das vendas. A empresa, que entregou 14 mil carros no último ano, acredita que o segredo para o futuro está em preservar a emoção ao dirigir, independentemente do som do motor.
Para os fãs mais puristas, o ronco do V12 ainda é o símbolo máximo da paixão pela marca. Mas para outros, a emoção pode vir da aceleração instantânea, do design ou da tecnologia embarcada. No fim, a Ferrari busca equilibrar passado e futuro — mantendo viva a alma que faz de cada carro um ícone.
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