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Operação mira cassino on-line clandestino de grupo ligado ao contraventor Adilsinho e ao PCC

16/10/2025 10:02 O Globo - Rio/Política RJ

A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (Dcoc-LD) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a "Operação Banca Suja" para desarticular uma organização criminosa que usou cassinos on-line para lavar dinheiro. O grupo é também suspeito de estelionato e promoção de publicidade enganosa. Ao todo são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e bloqueios de contas no total de R$ 65 milhões. As informações são do site g1.
Agentes se encontram no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Sudoeste do Rio, e na Baixada Fluminense, principalmente em Duque de Caxias. Alguns dos alvos desta quinta também são investigados, junto a Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, em um inquérito contra a máfia dos cigarros. A organização criminosa também tinha conexão comercial com Primeiro Comando da Capital (PCC), afirma a polícia. Adilsinho não é alvo das buscas, mas a DCOC-LD tenta entender as conexões dos envolvidos e dos negócios com o contraventor.
As investigações começaram, segundo o g1, após análises das movimentações financeiras da One Publicidade e Marketing Digital Ltda, conhecida como "Palpite na Rede". Os policiais descobriram uma rede de transferências milionárias suspeitas entre contas vinculadas ao cassino on-line, seja por pessoas físicas ou jurídicas, e empresas de pequeno porte sem lastro financeiro.
As investigações indicam, de acordo com o g1, que o site e as redes sociais da "Palpite na Rede" promoviam, “de forma ostensiva e pública, atividades ilícitas, tais como cassino on-line e outros jogos de azar, condutas tipificadas como contravenções penais pela legislação brasileira”. Ainda de acordo com o inquérito, a empresa não aparece como autorizada na lista da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
Segundo decisão da Justiça, as apostas podem estar “ligadas à exploração do jogo do bicho e outros jogos de azar”. O documento destaca que a empresa, fundada em junho de 2023 e sediada em Duque de Caxias, tem como atividade declarada a consultoria em publicidade e marketing. Em sites de reclamações, porém, há dezenas de queixas relatando problemas relacionados aos jogos oferecidos pela plataforma.
Outro alvo
De acordo com o g1, outro alvo das investigações policiais é a AGR Distribuidora de Bebidas, que em pouco mais de um ano movimentou R$ 36 milhões. A empresa, afirma o site, remeteu mais de R$ 500 mil para a Better Filters Filtros para Cigarro Ltda, que possui como um dos sócios a empresa Burj Administração de Imóveis, Investimentos e Participações Ltda.
A Burj, segundo o g1, é administrada por Willian Barile Agati, conhecido como Concierge do Crime Organizado e investigado por ligação com o PCC.

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