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Enem 2025: Professores destacam efemérides históricas que podem ajudar na revisão para a prova

30/10/2025 15:20 O Globo - Rio/Política RJ

Faltando apenas dez dias para o Enem 2025, é hora de respirar e focar na revisão de conteúdos essenciais para a prova. O primeiro dia de exame, 9 de novembro, terá questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além da redação.
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Para inspirar os estudantes, professores consultados pelo GLOBO lembraram de alguns fatos históricos que completam aniversário este ano e que podem aparecer no exame, principalmente em conexão com temas atuais. Mas atenção: os especialistas ressaltam que o Enem não exige memorização de nomes ou datas, e sim que o aluno saiba, entre outras habilidades, interpretar os fatos e relacionar momentos distintos da história. Esse material é parte do Projeto Enem, canal digital que publica conteúdos gratuitos com dicas e orientações para os alunos. A iniciativa é realizada pelo GLOBO com patrocínio do Elite e da Plataforma Amplia.
80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1945)
A rendição oficial do Japão, em 2 de setembro de 1945, pôs fim ao maior e mais destrutivo conflito da história da humanidade.
– Como consequências, temos a Europa destruída, o mundo horrorizado com a abertura dos campos de concentração e a ascensão de duas superpotências: Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista) – resume Danilo Zanetti, professor do Colégio São Vicente de Paulo. Para ele, o Enem pode incluir questões sobre mudanças geopolíticas a partir da Segunda Guerra, como a divisão da Alemanha e o início da Guerra Fria.
Compreender as dinâmicas da Guerra Fria – e seus desdobramentos – é também uma recomendação do professor Gustavo Guimarães, da Escola Sá Pereira.
– Os estudantes devem identificar os principais conflitos geopolíticos entre União Soviética e Estados Unidos, buscando relacionar com acontecimentos atuais, como o aumento de tensões entre EUA e China e a Guerra Russo-Ucraniana, por exemplo. Em especial, a expansão da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] é um tema com muitas chances de aparecer.
Para Camila Feitosa, coordenadora de História do pré-vestibular do Elite, parceiro da Plataforma Amplia, vale também pensar nos processos de impactos sociais causados pela Segunda Guerra, temáticas pertinentes dentro da lógica do Enem.
– A gente tem os 80 anos da libertação de Auschwitz, os 80 anos das bombas estadunidenses jogadas em Hiroshima e Nagasaki, os 80 anos da libertação de Berlim. Podemos relacionar com as ideias de movimentos, de lutas, de resistência. O aluno pode pensar na questão dos regimes totalitários, e não só dentro desse contexto da Segunda Guerra Mundial. O ideal é entender o que são regimes totalitários e como eles são vistos ao longo do tempo dentro das sociedades – recomenda.
40 anos da redemocratização no Brasil (1985)
Processo que teve seu marco inicial com a eleição indireta de Tancredo Neves, decretando o fim da ditadura militar, a redemocratização no Brasil pode ser abordada em diferentes aspectos. Camila Feitosa traz novamente a questão dos regimes totalitários, agora sob o ponto de vista nacional.
– O autoritarismo, a ideia de democracia, a ideia de violação dos direitos humanos, a ideia de movimentos sociais, a ideia de memória. Tudo isso que pode ser pensado sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, a gente aplica para o Brasil. Se o aluno souber a ideia geral, ele vai conseguir entender como isso pode ser aplicado em outros contextos.
O conceito de cidadania, muito presente no Enem, está também diretamente ligado ao processo de redemocratização, sinaliza João Gabriel Rangel do Nascimento, professor de História da Escola SAP.
– O ponto alto da cidadania foi a promulgação da Constituição de 1988, a "Constituição Cidadã", que redefiniu esse conceito ao expandir significativamente os direitos civis, políticos e sociais, criando uma base legal para a defesa das minorias e a inclusão social. Esse percurso culminou no exercício pleno da soberania popular, com o retorno dos cidadãos às urnas em 1989 para as primeiras eleições diretas presidenciais pós-ditadura – – explica.
Lei dos Sexagenários (1885)
A Lei n.º 3.270/1885, também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe, concedia liberdade aos escravizados com 60 anos de idade ou mais, mediante condições como a prestação de trabalho forçado a título de indenização. Considerada uma vitória simbólica, a medida teve um efeito prático limitado, embora tenha contribuído para o debate sobre o fim da escravidão no país.
– Foi um impacto muito pequeno, principalmente porque a violência a que essas pessoas eram obrigadas a vivenciar não permitia que, em sua maioria, elas chegassem a essa idade. E os idosos que sobreviviam não tinham facilidade para alcançar a liberdade. Eles, por exemplo, precisavam pagar indenizações – analisa Camila Feitosa.
A professora sugere que os estudant

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