Em dia de forte calor, Intercolegial tem competições de natação com recordes e troféus em Nova Iguaçu

Em um domingo (26) de muito sol e calor, o Sesc Nova Iguaçu recebeu 20 escolas e 235 alunos que competiram na natação, modalidade que volta ao Intercolegial em 2025. Foram 36 medalhas de ouro em disputa, nas faixas etárias de sub-13, sub-15 e sub-17, e outros 36 troféus entregues para as escolas vitoriosas. Os alunos comentaram que os maiores desafios foram o calor, o tamanho da piscina — maior do que eles estão acostumados — e lidar com o nervosismo do dia decisivo. A competição é uma realização do jornal O GLOBO, com apresentação do Sesc-RJ e apoio da Caixa.
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Para lidar com o forte calor antes da prova, o campeão dos 50 metros livres sub-15 não federado masculino, Matheus dos Anjos Sales, do Geo Dr. Sócrates, contou que o segredo é muita hidratação. Matheus marcou um tempo de 30s03 e desbancou o colega de escola Davi Gonçalves de Araújo.
— Tem que se hidratar bastante no dia anterior e se manter hidratado no dia da competição, pois o calor te deixa bem cansado. Mas acho que o nervosismo é o maior desafio na piscina — contou o jovem de 14 anos, morador de Sepetiba.
A escola de Matheus foi uma das que se destacaram no dia de competição, junto a Pedro II, Loide Martha, Santa Mônica Rede de Ensino e Colégio Zerohum, estreante na natação do Intercolegial. Chamou a atenção também a participação de uma jovem do Sistema Educacional Único, escola de Itaperuna. Com apoio dos pais, Sofia Magalhães Sá foi a única representante da instituição, e venceu a prova de 50 metros peito sub-15 federado feminino, com um tempo de 45s94.
— Estou muito feliz, pois não treino muitas vezes por semana, e minha cidade não dá muito incentivo aos jovens atletas. O Intercolegial foi bem desafiador para mim. A maioria das competições deque participo tem umas quatro pessoas. Hoje tinham 17 contra mim. Sinto que foi a primeira prova de verdade que ganhei. E eu ainda tenho prova amanhã! — revelou Sofia, que ainda iria pegar cinco horas de estrada de volta para Itaperuna, no Noroeste Fluminense.
Familiares fizeram a diferença no apoio aos jovens atletas na piscina
Lana Costa
Mesmo sob o forte sol, a torcida pela meninada não parou durante toda a competição. Mariza Barbosa, de 64 anos, saiu de Nilópolis para acompanhar a neta, Jennyfer Souza, do Santa Mônica Rede de Ensino. O apoio deu certo: Jennyfer ficou com o terceiro lugar nas categorias 100 metros costas e 100 metros borboleta sub-13 federado feminino.
— Eu sempre a levei para os treinos. Lembro que a primeira medalha dela foi aos 2 anos. Foi assustador. Com o professor Marcelo Rosa, ela começou a se desenvolver cada vez mais, e a cada medalha a gente celebra, né? Eu grito tanto! Ela diz que não consegue ouvir, mas quer o apoio mesmo assim. Quando ela está competindo, às vezes dá vontade de pular da arquibancada na piscina de tanta emoção — destacou a avó coruja.
Outra escola que teve um dia repleto de medalhas foi o Camões Pinochio, da Freguesia. Foram 13, ao todo. As mais marcantes foram as vitórias no 4x50 livre e 4x50 quatro estilos (ou medley), categorias de revezamento na qual levaram a medalha de ouro pra casa os alunos Pedro Zerbinato, Leonardo Amaral, Gabriel Gouvêa e Caio de Araújo. Pedro e Leonardo já estão se formando, e sonham em ser, respectivamente, médico e contador. Os outros dois ainda estão no segundo e primeiro anos do ensino médio, respectivamente, e ainda não decidiram o futuro.
— Foi nossa primeira competição no Intercolegial. O quatro estilos foi o mais emocionante. Estávamos bem atrás, em terceiro, no meio da prova. Mas treinamos forte e conseguimos levar a medalha de ouro pra casa — contou Leonardo, o mais falante do grupo.
As disputas da natação foram realizadas no Sesc Nova Iguaçu
Lana Costa
No revezamento 4x50 metros livres sub-13 não federado masculino, a história foi parecida. A equipe dos garotos do Santa Mônica Rede de Ensino, Emanuel Elias, Davi Campos Fernandes, Pedro Carlos de Oliveira Couto e Pedro Lucas Mattos Moreira, estavam ficando para trás na piscina quando o último nadador, Emanuel, tirou forças quase sobrenaturais para reverter a disputa e superar os adversários para chegarem ao primeiro lugar.
— Foi no finalzinho! Eu e o Pedro Lucas começamos antes para ganhar vantagem, somos mais rápidos. Mas a gente ficou pra trás depois e o Emanuel veio por último. Ele parecia o Goku virando Super Sayajin e nadou muito rápido — brincou Pedro Carlos, em referência ao herói do desenho animado japonês.
O dia também foi de quebra de recordes no Nova Iguaçu. Bem poucos, é verdade: apenas três marcas foram quebradas. Com um tempo de 32s41 no 50 metros livre não federado sub-13 feminino, Maria Clara da Cruz Pereira, do Pedro II, bateu o tempo de 2018, de 33s05, que pertencia a Amanda Gomes dos Reis Vidal.
Mas o outro recorde batido já se mantinha há dez anos e foi derrubado neste domingo: Ana Beatriz Callak L

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