
E-mails expõem supostas mentiras e reacendem crise do príncipe Andrew com monarquia britânica; título pode ser cassado pela 1ª vez em 100 anos
O Palácio de Buckingham está avaliando “todas as opções” para lidar com o príncipe Andrew, incluindo a possibilidade de retirar seu título de Duque de York, após novas revelações sobre sua ligação com o pedófilo condenado Jeffrey Epstein.
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Segundo o jornal The Sun em matéria publicada nesta sexta-feira, chefes do palácio estão frustrados e exasperados com a insistência do príncipe em manter-se ativo na esfera pública mesmo após anos de escândalos. A pressão aumentou depois que e-mails revelaram que Andrew escreveu a Epstein dizendo “estamos juntos nisso”, apenas três meses após afirmar publicamente que havia cortado contato com o financista.
O conteúdo da mensagem contradiz a entrevista concedida em 2019 ao programa Newsnight, na qual o duque afirmou ter rompido completamente os laços com Epstein em 2010. As novas evidências reacenderam o debate dentro da Casa Real, que busca uma solução definitiva para o caso.
Entre as medidas em discussão estão: a remoção do título de Duque de York, a exclusão da linha de sucessão ao trono e até a expulsão do príncipe das propriedades reais. Outras alternativas incluem sua saída voluntária da Ordem da Jarreteira, a mais alta condecoração da cavalaria britânica.
Fontes próximas à família afirmam que o rei Charles e o príncipe William defendem uma resposta dura para encerrar o desgaste público.
— Há uma janela de oportunidade para que ele faça a coisa certa e assuma a responsabilidade — disse uma fonte ao tabloide.
Desde que foi acusado por Virginia Giuffre de ter relações sexuais com ela quando era menor de idade, acusações que Andrew nega, o príncipe perdeu cargos oficiais e o direito de usar o tratamento de Sua Alteza Real. Ainda assim, mantém residência na Royal Lodge, em Windsor, sob um contrato de longo prazo que impede sua remoção imediata.
O episódio reacende uma crise que dura mais de 15 anos e que voltou aos holofotes com o lançamento das memórias de Giuffre, nas quais ela descreve o duque como “arrogante” e afirma que ele via o sexo com ela como um “direito de nascença”.
Enquanto isso, o palácio tenta conter os danos à imagem da monarquia. Pesquisas recentes indicam que 67% dos britânicos apoiam a retirada dos títulos restantes de Andrew, um movimento que exigiria aprovação do Parlamento.
A Casa Real, segundo fontes, considera que apenas uma atitude voluntária do príncipe — como renunciar aos títulos e afastar-se da vida pública — seria capaz de encerrar o escândalo que continua a manchar o nome da família Windsor.
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