Destaque em ‘Três Graças’, Gabriela Medvedovski fala da mudança de visual diante de doença autoimune: 'Tive medo'

O novo visual, ruivo, mexeu com a segurança de Gabriela Medvedovski. É a primeira vez, em 33 anos, que a atriz recorre a produtos químicos para mudar a cor natural dos fios, de castanho escuro para o cobre. Acometida por alopecia areata, condição genética que provoca queda crônica de cabelo, a paulistana criada em Porto Alegre precisou encarar a transformação com coragem para dar vida à intrometida estagiária da polícia Juquinha, na novela “Três Graças”, na faixa das 21h da TV Globo. “Fiquei com medo do processo de caracterização”, admite. “Mas tudo foi feito com a assistência dos profissionais de beleza e da minha dermatologista. Tomo remédios e me submeto a procedimentos como o microagulhamento capilar. Num primeiro momento, a mudança me deixou assustada, depois, passei a gostar.”
A transformação ajudou Gabriela a se desassociar da imagem de Keila, sua popular personagem de estreia na TV, em “Malhação — Viva a diferença” (2017) e no spin-off “As five”, com três temporadas no Globoplay, entre 2020 e 2024. “Foi bom para o público me enxergar em outro lugar”, avalia. Para mergulhar no universo de Juquinha, além de acompanhar a rotina de duas delegacias da Polícia Civil de São Paulo, a atriz fez aulas de defesa pessoal. “Fui ensinada a bater, agora ninguém se mete comigo”, brinca ela, parceira do personagem de Rômulo Estrela na trama. “É uma colega super disponível e inteligente cenicamente. Me corrige e ajuda com o sotaque paulistano”, comenta o ator.
Gabriela Medvedovski
Jorge Bispo
“Três Graças” é a terceira novela de Gabriela em quase dez anos de carreira, iniciada ao terminar a graduação em Publicidade e Propaganda. Em 2021, foi destaque em “Nos tempos do Imperador” como Pilar, a primeira mulher a se formar em Medicina no Brasil — trabalho que chamou a atenção do diretor artístico da novela das nove, Luiz Henrique Rios: “É uma atriz cujas personagens carregam um brilho e uma empatia com o público”.
Foi “Nos tempos do Imperador” que a atriz conheceu uma de suas melhores amigas, Mariana Ximenes. Segundo a veterana, Gabi é uma irmã de alma: “Tem ouvidos generosos e é excelente companheira de viagem. É ela quem me arrasta para dançar, para malhar, e escreve os bilhetes mais lindos. E, agora, é nosso orgulho, brilhando no horário das nove”.
Para o futuro, Gabriela, que é fluente em espanhol, mira na carreira internacional. “Penso muito em estudar para conseguir papel em série ou filme fora do país”. Cenas dos próximos capítulos.

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