'Crime organizado é risco maior que fiscal' ao Brasil, diz Tarcísio sobre operação no Rio
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, afirmou que o crime organizado é um risco maior que fiscal ao Brasil, após a operação policial que deixou mais de 120 mortos no Rio de Janeiro, na terça-feira (28).
— Temos afirmado que a atuação do crime organizado é, hoje, o principal risco ao Brasil, maior até do que o risco fiscal. O que estamos vendo no Rio de Janeiro expõe a dimensão de um problema que, há décadas, só se agrava: o avanço do tráfico de drogas e a força de um poder paralelo que afronta a lei, ameaça a vida e expulsa o Estado da vida do cidadão — postou Tarcísio nas redes sociais.
Tarcísio não deve ir ao Rio de Janeiro com os governadores que irão prestar solidariedade a Cláudio Castro (PL), nesta quinta-feira. O encontro contará com governadores da direita como Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Ronaldo Caiado (UB), de Goiás, e Ratinho jr. (PSD), do Paraná,. A reunião está marcada para às 18h, no Palácio Guanabara.
– Nossa proposta é que os governos cedam homens de suas polícias, tanto na área de inteligência quanto no efetivo, para auxiliar o Rio de Janeiro neste momento. O combate ao crime organizado não pode ter fronteiras. É uma responsabilidade de todos – afirma Mello, em nota, autor da "convocação" aos colegas.
Segundo Caiado, que participou de uma reunião virtual nesta manhã com Castro, Tarcísio, Romeu Zema (Novo-MG) e Mauro Mendes (UB, Mato Grosso), o Rio de Janeiro reúne lideranças do crime que estariam "imunes" às leis do país.
– Nós temos que entender que o Rio de Janeiro hoje é o local onde todas as lideranças do Comando Vermelho do Brasil estão concentradas, porque ali eles tem um verdadeiro espaço totalmente dominado e imune a qualquer ação da Justiça ou da lei do Brasil — afirmou o governador goiano.
Já Zema disse que a visita deve acontecer "o quanto antes, preferencialmente nesta quinta-feira" e terá o objetivo de "prestar solidariedade ao governador Cláudio Castro, às forças de segurança e à população que tem vivido esse terror".
– Aqui em Minas, já determinei reforço e prontidão das nossas forças de segurança, principalmente na área mais próxima ao Rio de Janeiro, para que o Estado não seja afetado. Nós, governadores, temos feito todo um trabalho apesar do governo federal, que fique claro – disse.
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