
Com pesquisadora da NASA, UFMS inspira jovens a seguir carreiras científicas
A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) abriu suas portas à população e à comunidade escolar nesta semana com a programação do Integra UFMS 2025, evento que busca aproximar estudantes, professores e o público em geral do universo acadêmico e científico. Entre os dias 20 e 24 de outubro, a feira promove cerca de 80 atividades, incluindo palestras, minicursos, oficinas, rodas de conversa, visitas a laboratórios e sessões temáticas para apresentação de trabalhos desenvolvidos por estudantes, servidores e egressos da universidade. A programação científica do evento foi construída a partir das propostas de trabalhos e atividades enviadas pela comunidade acadêmica. Segundo a pró-reitora de Extensão, Cultura e Esporte da UFMS, Lia Brambilla, “essa diversidade contribui diretamente para a popularização da ciência produzida na UFMS, aproximando o público das pesquisas, projetos e ações que têm impacto real na sociedade”. Ela explicou que a ideia da feira surgiu a partir da experiência consolidada da FETEC-MS (Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul), voltada a alunos do ensino fundamental e médio, que já mostrava pesquisas de extensão e de ensino da universidade. “Pensamos: por que não trazer esses alunos para conhecerem os cursos da UFMS? A maioria das pessoas não sabe que temos mais de 130 cursos de graduação gratuitos. Além disso, é uma forma de disseminar a cultura da pesquisa, porque sabemos que muitas escolas não têm acesso a esse tipo de conteúdo”, completou. Nesta segunda-feira (20), a programação contou com a planetária Rosaly Lopes, pesquisadora do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. A palestrante estava de férias no Brasil, mas aproveitou a oportunidade para participar do evento. Antes de ministrar a palestra palestra “Do Brasil à NASA: Missões Galileo e Cassini”, programada para às 18h, ela circulou pela feira, trocando experiências com os participantes e destacando a importância de incentivar jovens a se interessarem por carreiras científicas e tecnológicas. “É muito importante incentivar os jovens a pesquisarem, principalmente em carreiras como ciência, tecnologia, inteligência artificial e biologia. Eles são nosso futuro, e eventos como este ajudam a mostrar que é possível alcançar lugares como a NASA”, afirmou Rosaly Lopes. A cientista explicou que a palestra abordaria sua carreira e duas missões espaciais em que atuou: Galileo, voltada a Júpiter, e Cassini, voltada a Saturno. Ela detalhou que, nas missões, os pesquisadores passam muito tempo preparando os instrumentos, definindo os temas científicos, e depois analisam os dados coletados para descobrir novas informações sobre os planetas e suas luas. A programação do Integra UFMS 2025 se espalha por diferentes espaços da Cidade Universitária, como o Teatro Glauce Rocha, o Complexo Multiuso 1, auditórios, a Sala de Práticas Jurídicas Simuladas, a Casa da Ciência e Cultura, o Mercado Escola da UFMS, a Unidade de Tecnologia de Alimentos, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, além dos laboratórios de Zoologia, Parasitologia, Transportes, Ensino e Pesquisa em Tecnologia e o Temático de Urgência, abrangendo todas as áreas do conhecimento. O evento inclui ainda a Feira das Profissões UFMS 2025, realizada no estacionamento do Ginásio Moreninho, de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 17h, e a comercialização de produtos da agricultura familiar e economia criativa no Mercado Escola. As atividades foram propostas por estudantes, professores e técnicos-administrativos e abrangem temáticas como mudanças climáticas, história monetária, projetos artístico-culturais, futebol americano, ingresso na pós-graduação, intercâmbio internacional, radioastronomia, comunicação, maternidade e ciência, entre outras. Para estudantes que participam da feira, o contato com a vida acadêmica é inspirador. Camila Cristina Gonçalves dos Santos, de 13 anos, está no 8º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Antônio Delfino Pereira, apresentou o trabalho “Ameaça nas águas: o impacto do tucunaré no bioma Pantanal” e compartilhou seu sonho de se tornar bióloga marinha. “É legal ver que existem coisas além do nosso projeto, coisas mais avançadas, que pessoas com mais experiência conseguem fazer. No nosso projeto, temos apenas seis meses de duração, enquanto alguns trabalhos duram um ano ou dois. Aqui conseguimos ter contato com experiências mais avançadas”, disse. A estudante reforçou a importância do evento para despertar vocações e mostrar como a ciência funciona na prática. “Sempre gostei de biologia marinha, mas nunca tinha visto como era na prática. Só ouvia falar sobre o assunto na escola. Aqui conseguimos ver o que realmente é pesquisado e estudado”, comentou. Manuela Nunes, 18 anos, estudante de Psicologia da UFMS, destacou a importância de atividades como debates e rodas de conversa para expandir o conhecimento além da sala de aula. “Esses eventos ajudam a discutir temas relevantes e a pe
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