Centro de atendimento às vítimas de violência é inaugurado e leva nome de adolescente morta em Maceió
CAICA fica na Avenida Professor Santos Ferraz, nº 321, no Poço,.
Reprodução/TV Gazeta
O Centro de Atendimento Integrado para Crianças e Adolescentes (CAICA) Ana Beatriz começou a funcionar, nesta sexta-feira (31), em Maceió. O local oferece atendimento especializado para criança e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. O local fica na Avenida Professor Santos Ferraz, nº 321, no Poço, e atende ao público de 9h às 20h.O CAICA leva o nome da jovem Ana Beatriz, morta após desaparecer em 8 de abril, após sair do campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), na capital alagoana. O corpo da adolescente de 15 anos foi encontrado em 3 de maio em um sítio abandonado entre os bairros da Guaxuma e da Garça Torta. De acordo com o Governo de Alagoas, o Centro de Atendimento também prestará suporte aos familiares ou responsáveis das vítimas. Além disso, um suporte técnico será oferecido aos municípios, com formações e articulação de uma rede que tem como objetivo fortalecer políticas públicas de proteção à infância e adolescência. Para a família, a ficha ainda não caiu. De acordo com a prima da vítima, Jaciele Moura, a sensação é de que a Beatriz irá voltar a qualquer momento para casa. "A ficha ainda não caiu. Literalmente. Para gente é como se a Bia estivesse viajando e fosse voltar a qualquer momento. Ela era tudo o que eu tinha".A irmã de Beatriz, Camyle Moura, disse que ela será sempre lembrada. "Nas pequenas coisas que a gente faz no dia a dia. De a gente está arrumando o guarda-roupas e ver as roupas dela. As coisas que a gente dividia. Tudo lembra ela", desabafou.Relembre o caso
Ana Beatriz Moura, de 15 anos.
Reprodução
O corpo da jovem foi localizado após informações repassadas pela Polícia Penal, em uma fossa de difícil acesso em Guaxuma, semanas depois de seu desaparecimento. Ana Beatriz havia sido vista pela última vez no dia 8 de abril, quando deixou o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), no Centro da capital. O suspeito de cometer o crime está preso. Ele negou ter envolvimento com o desaparecimento da adolescente.Segundo a delegada, o corpo estava sem roupas e sem marcas aparentes de tiros ou facadas, o que levou à suspeita de morte por asfixia ou envenenamento.Durante as investigações, a polícia descobriu que a vítima mantinha um relacionamento amoroso com o principal suspeito, um homem casado que já está preso.Colegas da adolescente relataram que ela dizia estar grávida e que até comentava saber o sexo do bebê. Apesar disso, exames preliminares realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) não confirmaram sinais de gestação.“Nós acreditamos que o crime foi premeditado. Ela deve ter contado ao suspeito que estava grávida e ele pode ter se desesperado, já que tem esposa e filhos. As colegas da escola relataram que Ana Beatriz dizia estar grávida e feliz”, declarou a delegada Talita Aquino.
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