
Centrão já cogita afastar-se do bolsonarismo e ir de Ratinho
“Dinheiro compra até amor verdadeiro.” A frase, do escritor Nélson Rodrigues, se aplicou perfeitamente à união do bolsonarismo com o Centrão na metade final do governo Jair Bolsonaro. Sendo o bolsonarismo um autointitulado crítico do “sistema” e o Centrão a personificação do próprio, era de esperar que jamais se atraíssem. Mas, como tantas relações inusitadas, essa vingou por dar aos envolvidos vantagens mútuas — ao governo ameaçado pelo impeachment, a sobrevivência; ao Centrão voraz, as boas coisas da vida —, além de glória, poder e jatinhos, uma rica coleção de siglas, do tipo Codevasf, BNB e FNDE. Assim, salvo o governo Bolsonaro e ornado de joias o Centrão, viveram ambos felizes — até que o dinheiro acabou. Bolsonaro perdeu a eleição, ganhou processos, foi preso. O Centrão perdeu cargos (nem todos, claro), levou o fardo de ter apoiado um presidente golpista e viu integrantes obrigados a passar ao árido terreno da oposição. Como na casa em que falta pão todos ralham e ninguém tem razão, o ex-casal perfeito começou a brigar em público. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.
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