Avenida Paulista e outras capitais têm atos contra mortes em operação no Rio
Entidades ligadas ao movimento negro organizam atos de protesto nesta sexta-feira (31) contra a operação policial realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28). Os atos foram marcados para as cidades de São Paulo, Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Belém (PA) e outras capitais e municípios, além do Rio de Janeiro. Na capital paulista, a manifestação ocorre na Avenida Paulista, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
O protesto foi convocado por organizações como a Coalizão Negra Por Direitos, a UNE Afro, o Instituto de Defesa da População Negra, o Movimento Negro Evangélico e outras entidades. Em São Paulo, o ato é acompanhado pela Polícia Militar e ocupa duas faixas de um dos sentidos da Paulista na altura do MASP. As faixas são críticas a Cláudio Castro e a "todo o comando da PM do RJ".
Proteste nesta sexta, na avenida Paulista
Edilson Dantas / O Globo
Texto divulgado nas redes sociais chama a operação, que deixou 121 mortos, de "massacre" e afirma que a mobilização ocorre em mais de quinze cidades. "Denunciamos a política de morte do Estado brasileiro, que segue executando homens e meninos negros nas periferias e favelas. Isso não é segurança pública. Isso é genocídio. Exigimos responsabilização de Cláudio Castro e de toda a cadeia de comando das polícias do Rio de Janeiro. Exigimos o fim da política de extermínio que transforma o luto das mães negras em rotina. O movimento negro brasileiro vai marchar pelo direito à vida, pela justiça e pela memória de cada pessoa assassinada pelo Estado", diz a nota.
No Rio, a manifestação foi durante a tarde, no Complexo da Penha. Segundo informações da Agência Brasil, o ato reuniu milhares de pessoas em um campo de futebol da Vila Cruzeiro, uma das comunidades do Complexo.
Manifestantes protestam contra a violência policial de megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha
Marcelo Theobald/ Agência O Globo
Manifestantes protestam contra a violência policial de megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão
Marcelo Theobald/ Agência O Globo
Fonte original: abrir
