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A inovação é o motor do progresso

21/10/2025 21:30 Imirante - Política

<p>O Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 2025 foi concedido a <strong>Joel Mokyr</strong>, <strong>Philippe Aghion</strong> e <strong>Peter Howitt</strong> por seus estudos cruciais que explicam o <strong>crescimento econômico impulsionado pela inovação</strong>. O trabalho do trio se concentra em aprofundar a compreensão de como o progresso tecnológico e as novas ideias moldam o crescimento sustentado ao longo do tempo, destacando a complexa dinâmica da <strong>destruição criativa</strong>.</p><p><strong>Crescimento e Destruição Criativa</strong></p><p>Os vencedores de 2025 abordaram o desafio de entender por que algumas economias prosperam continuamente, elevando o padrão de vida de suas populações, enquanto outras estagnam. A chave está no processo incessante de <strong>inovação</strong>.</p><p>Mokyr, premiado por sua pesquisa, enfatiza que o crescimento sustentado depende de pré-requisitos históricos e institucionais, especialmente a acumulação de conhecimento útil e o fomento à crítica aberta. Aghion e Howitt, que dividiram a outra metade, desenvolveram a moderna teoria do crescimento sustentado pela "destruição criativa".</p><p>Este conceito, popularizado pelo economista Austríaco Joseph Schumpeter, explica como inovações radicais geram avanço ao substituir e tornar obsoletas as tecnologias e empresas preexistentes. Aghion e Howitt formalizaram essa ideia, mostrando como a competição entre inovadores impulsiona um ciclo contínuo de avanço e crescimento.</p><p><strong>As revoluções que estamos vendo hoje</strong></p><p>A inovação atropela o passado, vimos isso com o computador face a máquina de escrever, vimos com a fotografia com filmes se tornando digitais, vimos isso com celulares smart sobre os fixos e tijolões, e nesse momento o mundo passa por uma revolução em dois setores que foram ao longo do século XX os maiores da economia mundial, atingidos da mesma forma, falo do petróleo e da indústria automobilística.</p><p>Em 2005 o ranking de empresas da revista Forbes incluía: em 4º lugar a Exxon Mobil, em 7º lugar a Toyota Motors, em 8º, a Shell e em 9º a British Petroleum. Nada na época parecia prever que essas gigantes pudessem perder importância. Em 2025 o ranking mudou, todas essas saíram e entraram novos setores, em 5º a Amazon, em 9º Alphabet Google e em 10º Microsoft.</p><p>O setor de tecnologia se tornou o maior gerador de lucros e valorização de ações nos EUA, quando escrevo em outubro 2025, leio que 80% dessa subida do índice Nasdaq, veio de empresas desses setores. No ramo de petróleo a única que aparece na lista da Forbes é a Saudi Aramco (que em 2005 tinha o capital fechado). As montadoras saíram do índice. A leitura é que houve uma redução de importância desses setores antigos como Petróleo e Automóveis, que ainda são gigantes em receita, mas em acelerada queda de importância. </p><p>Em 2024, o valor de mercado das 10 maiores montadoras de automóveis do mundo valiam somadas 344,5 bilhões de dólares. Enquanto isso o valor de mercado da Tesla, então maior fabricante de carros elétricos do mundo, valia 1,4 Trilhão de dólares. Ou seja, a nova indústria valia várias vezes a velha ”legacy”.</p><p><strong>A Importância para o Mundo Atual</strong></p><p>A teoria do crescimento impulsionado pela inovação e a dinâmica da destruição criativa são de extrema relevância para a formulação de políticas no mundo contemporâneo:</p><p><strong>Combate à Estagnação e Promoção da Riqueza:</strong> Em um mundo que enfrenta o desafio de sustentar o crescimento econômico e de reduzir a pobreza, as descobertas dos laureados sublinham que o caminho para a prosperidade reside em políticas que estimulem a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação. Elas fornecem um manual sobre como estruturar a economia para colher os benefícios da inovação, em vez de sufocá-la.</p><p><strong>Gerenciamento da Transição Tecnológica:</strong> A destruição criativa traz consigo custos sociais. À medida que novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, eliminam empregos e indústrias tradicionais, o trabalho de Aghion e Howitt destaca a necessidade de políticas que gerenciem esses conflitos de forma construtiva. O comitê do Nobel enfatizou que a inovação pode ser "bloqueada por empresas estabelecidas e grupos de interesse que correm o risco de serem prejudicados". O conhecimento sobre essa dinâmica é vital para desenhar redes de segurança social, programas de requalificação profissional e regulamentações que facilitem a transição e garantam que os benefícios da inovação sejam amplamente compartilhados.</p><p>&l

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