Você sente que o custo de vida está mais alto do que há um ano?
Você sente que o custo de vida está mais alto do que há um ano? O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação de -0,28%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É a terceira queda seguida em 2025, acumulando alta de 2,26% no ano e 4,68% em 12 meses — menor que os 5,01% do mesmo período anterior. Mas, enquanto os números oficiais mostram alívio, o carrinho do supermercado conta outra história. De acordo com o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Campo Grande teve a maior alta da cesta básica entre todas as capitais brasileiras em setembro. O avanço foi de 3,6%, levando o conjunto de itens essenciais a custar R$ 795,64. Ou seja, o índice que mede a inflação pode estar no azul, mas o prato do campo-grandense está mais caro. Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de 0,17% em agosto, puxada por produtos como tomate (-9,62%), batata-inglesa (-6,51%) e frango inteiro (-3,21%), graças à maior oferta. Enquanto isso, o grupo Habitação teve a maior queda (-1,87%), influenciado pela redução na energia elétrica residencial (-4,98%) após o bônus de Itaipu. Mesmo assim, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 ainda pesa na conta de luz. Já o grupo Transportes caiu 0,12%, reflexo do recuo nos custos de conserto de automóvel (-3,16%) e passagens aéreas (-2,66%). O contraste entre o alívio nos índices e o aperto no bolso tem uma explicação simples: o IPCA mede a média dos preços, mas o custo de vida de cada família é muito mais sensível à variação dos alimentos e serviços básicos — e esses, em Campo Grande, continuam com fôlego de alta.
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